O termo libido geralmente expressa a ideia de desejo sexual. Mas, dependendo do indivíduo, é difícil adotar uma única definição. Acontece da libido ficar mais fraca em muitos períodos da nossa vida (inclusive, essa é uma razão pela qual muitas pessoas, tanto homens quanto mulheres, consultam um médico especializado no assunto), pois o desejo sexual se baseia em processos fisiológicos complexos. E é importante que você conheça todos eles: por isso, estamos aqui, vamos te mostrar em detalhes o que é a libido na realidade e como ela funciona!
Índice
O que significa libido? A definição universal de desejo sexual!
O desejo é um conceito universal para diversas culturas e países. No entanto, sua definição varia constantemente a depender de diferentes indivíduos, comunidades, países, fatores socioculturais, etc.
Para algumas pessoas, a falta de libido é algo normal, enquanto outras possuem um desejo sexual mais elevado (você sabe o que é alta libido? Clique aqui e saiba mais sobre a hipersexualidade!). Como definir os limites que separam a libido de um desejo normal e a de um distúrbio sexual? → Essa questão continua sendo discutida entre os cientistas!
Apesar disso, os estudos em psicologia social e em sexologia continuam a tentar definir de forma objetiva o desejo sexual.
Podcast: tudo sobre libido [Omenscast #11]
No nosso 11º episódio do Omenscast, o médico urologista João Brunhara vai explicar todos os detalhes sobre a libido, tanto masculina como feminina: quais os problemas que podem afetá-la, quais as causas e possíveis tratamentos. A transcrição do áudio você poderá encontrar aqui.
O que dizem os estudos sobre libido?
Geralmente, define-se a libido ou o desejo sexual como o aumento de pensamentos e fantasias sexuais, tanto em frequência quanto em intensidade. Se nos basearmos nessa ideia, o libido é na verdade uma experiência subjetiva, um impulso ou uma intenção sexual.
Esse impulso ou intenção levaria uma pessoa a buscar uma experiência ou estímulo sexual, ou pelo menos a ser mais suscetível a se satisfazer (de forma concreta ou através de fantasias) sexualmente.
Da mesma forma, consideramos a excitação sexual muito mais do que uma simples resposta do órgão genital. Ela pode ser motivada pela experiência do prazer sexual e/ou do orgasmo.
É por isso que o desejo sexual está relacionado às experiências passadas, às motivações, etc., de cada indivíduo. Se precisarmos definir como um aumento ou perda da libido, durante uma avaliação, devemos considerar essas oscilações de acordo com o seu padrão.
Tem como aumentar naturalmente a testosterona e a libido? [Vídeo]
A testosterona é o principal hormônio masculino, responsável pelo funcionamento de muitas partes do corpo do homem, inclusive a libido. Mas, uma vez ou outra, você pode estar com sua testosterona alta ou mesmo com a testosterona baixa. Aliás, quando a testosterona está baixa, você sabe quais são os sintomas e como aumentar? O Dr. João Brunhara explica melhor nesse vídeo!
O que é uma libido normal?
Definir uma normalidade para o desejo sexual é uma questão complexa. Para respondermos a essa questão, devemos utilizar a neurociência e estar sempre atentos quando falamos de “disfunções sexuais”.
Para entender o que é um libido “normal”, é necessário estudar os diferentes comportamentos, as diferentes práticas psicológicas, biológicas, genéticas ou sociais e culturais.
Embora a tarefa pareça necessária, colocar uma norma na sexualidade continua sendo bastante complicado. Na verdade, podemos definir essa normalidade de diferentes maneiras: legal, estatística, biológica, moral, fisiológica…
Por outro lado, essa noção de normalidade pode ser contraditória. Isso porque podemos descrevê-la tanto objetivamente (um critério físico comparado a um padrão biológico) como subjetivamente (a frequência do desejo de um indivíduo comparado ao de uma população).
Assim, uma pessoa pode concluir que o seu desejo sexual é subjetivamente “normal” (estando ela certa ou errada), sendo usado por ela como referência. Da mesma forma, outra pessoa pode considerar esse mesmo libido como “anormal”.
Por essa razão que:
Cada consulta a um especialista deve considerar o indivíduo como um todo, um ser único, antes de eventualmente compará-lo a normas diferentes. Essa abordagem possibilita quantificar um comportamento sexual e diagnosticá-lo como anormal ou não.
— Dr. João Brunhara Barbosa
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Como a libido atua no cérebro?
Os avanços na neurociência cognitiva e social fornecem algumas respostas. Podemos identificar uma rede cerebral normalmente ativa em uma pessoa que não tem problemas de libido e nenhum distúrbio neurológico.
E o que isso significa? Isso significa que podemos ver quais áreas do cérebro estão envolvidas na libido: as regiões frontal-temporal-parietal e subcortical.
Essas regiões sustentam os mecanismos de emoção, de satisfação, de identificação com o outro, de associações da memória e de representação mental.
Além disso, observamos que fatores genéticos podem exercer uma função no desejo sexual, como determinar a variação da produção de dopamina, por exemplo – o que é extremamente importante para a libido.
Concluindo, as diferentes modulações da nossa rede cerebral e as variações genéticas também são importantes para o desejo sexual. Dessa forma, um médico especialista terá de levar em conta uma gama de conhecimentos psiquiátricos, sexológicos, neurológicos e psicológicos, a fim de compreender um caso de perda ou de ausência total de libido.
O tratamento deve, portanto, ser personalizado.
Quais são as causas da perda de libido? [Vídeo]
O que é libido? A libido está muito ligada ao desejo sexual. É difícil de definir qual o nível normal, mas às vezes, as pessoas podem ter baixa libido, ou seja, uma falta de desejo sexual. Nesses casos de falta, quais é a razão da libido não estar como antes? Como lidar com a perda de libido? E mais: se estou com a libido baixa, tem como aumentar? E quais as relações entre a libido e a testosterona, ou melhor, a baixa testosterona? Entenda nesse vídeo.
Causas de perda de libido
Em muitos países, estima-se que problemas de desejo sexual acometem de 10 a 51% da população, o que significa, aliás, que a libido chega a ser o principal motivo para consultas a urologistas e terapeutas sexuais.
Portanto, é essencial ser capaz de tratar problemas de desejo sexual de forma específica e adaptada a cada pessoa. Isso é primordial, sobretudo quando estão envolvidas questões de saúde mental.
Pouco ou nenhum desejo sexual: características
Um distúrbio de desejo (como a perda de libido ou mesmo uma anorexia sexual) é caracterizado pela falta ou ausência de imaginação sexual (fantasias) ou desejo por atividades sexuais. Essa carência (ou ausência) é marcada por uma mudança em relação ao desejo habitual do indivíduo.
Para ser considerado mesmo um distúrbio, essa diminuição da libido deve ser fonte de sofrimento ou de dificuldades no relacionamento.
O indivíduo que sofre da falta ou da perda total da libido fica desmotivado a buscar estímulos sexuais e geralmente não toma a iniciativa em atividades relacionadas ao sexo (ou faz isso contra sua vontade, o que é também prejudicial).
Diversos fatores podem estar associados a uma diminuição da libido: fatores somáticos, endócrinos, neurobiológicos, psicológicos… Se você estiver passando por dificuldades relacionadas ao seu desejo sexual, consulte um especialista capaz de lhe fornecer soluções adaptadas à sua situação.
Causas da falta de libido em homens e mulheres
Entre as causas da falta de libido, podemos citar certamente: os distúrbios de ansiedade, a depressão, fatores toxicológicos, doenças, deficiências hormonais… Essas causas podem ser comuns em ambos os sexos, mas as mulheres ainda passam por períodos mais complicados: ciclo menstrual, lactação, menopausa, etc.
Por isso, vamos dedicar essa parte do texto a diferenciar e identificar as causas distintas da falta de libido em homens e mulheres.
♂ Causas da perda de libido masculina
Há muitas causas para a perda de libido masculino. Podemos citar as seguintes:
- Idade: com a idade, a libido parece diminuir naturalmente. No entanto, ainda é muito comum que os homens mais velhos continuem a ter desejo.
- Uma deficiência androgênica: os androgênicos (hormônios sexuais masculinos) possuem fortes implicações à função sexual masculina.
- Hiperprolactinemia: esse distúrbio diminui o desejo sexual e pode também causar uma disfunção erétil. Quando um homem diz sofrer de falta de libido, frequentemente se faz uma avaliação da quantidade de prolactina em seu organismo.
- Fatores relacionados a doenças e seus tratamentos: doenças genéticas, patologias urológicas (principalmente da próstata), alterações endócrinas, doenças neurológicas (epilepsia, esclerose múltipla), ISTs, doenças crônicas (insuficiência renal, insuficiência cardíaca, diabetes), fadiga, etc.
- Fatores tóxicos: consumo de álcool, drogas, tabaco… Mas também de certas drogas psicotrópicas, como os antidepressivos.
- Depressão, distúrbios de ansiedade, entre outros fatores relacionados.
Por fim, precisamos lembrar do impacto que o estilo de vida possui na libido, os hábitos, o consumo excessivo de pornografia, masturbações com frequência exagerada… Está também provado que as concentrações de testosterona estão ligadas à libido. No entanto, nem todo paciente com baixa testosterona apresenta queda na libido, e nem todo paciente com perda de libido tem o que é considerado um nível baixo de testosterona.
Dessa forma, podemos dizer que não é tudo por conta da testosterona, mas é importante realizar um check-up completo nesse tipo de situação.
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♀ Causas da perda de libido feminina
Não se esqueça: em termos de libido, sempre devemos levar em consideração tanto o que é fator sensorial quanto as fantasias e pensamentos sexuais. Dessa forma, aqui também a noção de desejo inclui uma dimensão cognitiva, comportamental, emocional, pessoal ou coletiva.
Existem, portanto, fatores químicos (hormônios e neurotransmissores), mas também fatores psicológicos.
Além disso, sabemos que o sistema endócrino das mulheres é complexo, por levar em conta:
- ciclos menstruais
- gravidez
- lactação
- menopausa
- impacto dos métodos contraceptivos
- possível influência de alguns medicamentos: antidepressivos, ansiolíticos, antivirais, anti-hipertensivos, etc.
O aumento da testosterona nas mulheres no meio do ciclo menstrual está associado a uma série de mudanças hormonais, o que significa, então, que não há como fazer uma distinção de forma significativa entre a libido e os níveis de testosterona na metade do ciclo.
Do mesmo modo, há evidências da importância do hormônio estradiol na lubrificação vaginal. No entanto, seu efeito no desejo sexual e na excitação ainda não foi demonstrado.
Em conclusão, há evidências crescentes de que o humor, o bem-estar, a energia e outros fatores psicológicos influenciam a sexualidade feminina.
Por fim, assim como nos homens, os hábitos e estilo de vida também influenciam a libido das mulheres.
Problemas de libido e a influência de distúrbios neurológicos
Problemas neurológicos, tanto em homens quanto em mulheres – tais como derrame cerebral, epilepsia, tumores, mal de Parkinson, doença de Huntington ou esclerose múltipla – parecem ser a causa de muitas disfunções sexuais.
Como voltar a ter libido?
Estimulantes sexuais, afrodisíacos, métodos milagrosos… Nunca é demais ressaltar que, antes de falarmos sobre “como aumentar a libido”, é preciso mantê-la em boas condições através de algumas atitudes. Não há nenhum produto milagroso para “impulsionar” ou “recuperar” a libido!
Entretanto, atualmente, podemos identificar as causas específicas da falta de desejo sexual de um indivíduo e buscar soluções para a perda da libido. Para isso, uma consulta com um especialista é indispensável.
♂ Recuperando a libido do homem
Em primeiro lugar, você pode recuperar o que é considerado uma libido “normal” adotando bons hábitos: uma dieta equilibrada, um estilo de vida saudável (sonos recuperadores, etc.), prática regular de esportes…
Aliás, saiba que injeções hormonais (testosterona) só podem ser prescritas por um(a) médico(a), se ele(a) achar necessário. De qualquer forma, essa não é a primeira opção levada em consideração.
No que diz respeito à dieta, é preferível uma alimentação com pouca gordura e açúcar, optando por frutas e vegetais. Tenha cuidado também com o tabagismo, o alcoolismo e o consumo de drogas: eles podem ter efeitos diretos sobre a libido ou prejudicá-la a longo prazo.
Em segundo lugar, as suas relações afetivas também têm um papel a desempenhar no desejo sexual: o que significa que você deve começar resolvendo os problemas no relacionamento do casal antes de tratar sobre uma possível perda da libido.
♀ Recuperando a libido da mulher
Para as mulheres, é quase a mesma coisa que para os homens, porém é preciso levar em conta algumas questões específicas, como já dissemos (ciclo menstrual, a menopausa, os contraceptivos, etc.).
Todos esses pontos podem ser discutidos com o(a) médico(a).
Os períodos que citamos acima são diferentes para cada mulher: algumas terão uma libido menor enquanto outras não; as dores e a duração dos ciclos não são vividas da mesma maneira por todas elas.
Por fim, as secreções vaginais e os hormônios também mudam de acordo com a fase dos ciclos. No entanto, conversando com um(a) médico(a), é possível prever esses períodos e se adaptar o melhor possível a essas diferentes fases da vida.
Por exemplo, é possível manter um calendário pessoal da evolução da libido de acordo com a fase do ciclo. Há até mesmo aplicativos para celular que fazem isso!
Queda da testosterona, andropausa e ereção [Vídeo]
O envelhecimento humano traz várias mudanças. Para o homem, uma das mais citadas é a andropausa: mas ela existe mesmo? O que é e quais são os sintomas da andropausa? E os outros fatores relacionados ao envelhecimento, como uma testosterona baixa e problemas de ereção (disfunção erétil)?
O Dr. João Brunhara explica melhor nesse vídeo algumas dessas questões para se ter um envelhecimento saudável.
Cuidados médicos ou tratamentos para problemas de libido
As terapias contra problemas de desejo sexual ou libido, tanto em homens quanto em mulheres, são difíceis. Por isso, devem ser realizadas por um especialista em saúde sexual e sexologia clínica.
Dentre outros exames, uma avaliação hormonal pode ser feita no início do tratamento. Além disso, todos os fatores fisiológicos e psicológicos também serão estudados. Se um distúrbio de libido for confirmado, as causas terão que ser determinadas de forma precisa. Talvez sejam identificadas algumas causas somáticas e psiquiátricas; se esse for o caso, o médico deverá esclarecer tudo ao paciente/casal.
Por fim, antes de escolher o tratamento, será estudado o fator idade, o que é muitas vezes sinônimo de declínio das funções sexuais, incluindo a perda da libido.
Terapias sexuais
O tratamento pode tomar a forma de terapia sexual cognitiva, comportamental e psicológica. Esse tipo de terapia pode ser feita individualmente ou em casal e depende muito da experiência, da personalidade e do envolvimento do terapeuta – daí a importância de escolher um profissional competente e de confiança.
Muitas terapias sexuais possuem uma base científica legitimada e eficaz. Elas podem, por exemplo, ser divididas em várias sessões, focadas em questões como:
- pensamentos automáticos;
- ignorância sobre sexualidade;
- mitos sobre a sexualidade masculina e feminina;
- estratégias para aproximar emocionalmente o casal;
- técnicas para melhorar a estimulação erótica;
- e, finalmente, tirar da penetração o papel de principal atividade do sexo.
O atendimento personalizado de um urologista pode te ajudar
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Conclusão
Esperamos ter esclarecido um pouco mais sobre os diferentes mecanismos da libido e a ausência de remédios milagrosos. Devemos privilegiar certos comportamentos saudáveis para recuperar o libido masculino ou feminino, não sendo possível “aumentar” o desejo sexual da mesma forma que se dá um boost em um motor.
A quantidade de libido varia segundo diversos fatores; é necessário estar atento a eles para podermos solucionar os problemas. Mas nem sempre só isso já é o suficiente. É por isso que recomendamos pelo menos uma consulta com um urologista se a perda de libido persistir por vários meses.
Os urologistas tratam dessas dificuldades diariamente e serão capazes de trazer soluções a cada caso. O principal a se fazer é não dramatizar a situação: essa queda na libido é comum a todos os indivíduos, em qualquer etapa da vida.
O que é mais importante para a libido, para recuperar o desejo sexual, é não deixar o problema se instalar a longo prazo: quanto mais tempo se espera, mais complicado se torna o tratamento.
Tenho 64 anos fiquei seca completamente a quase um ano estou triste pois naô satisfaço mais meu parceiro posso fazer algo ?
Uauu adorei o conteúdo, vou voltar mais vezes com
certeza!
Agradecemos. Você será sempre bem-vinda aqui, Carol!