Viciado em sexo: como identificar o problema

o indivíduo viciado em sexo normalmente possui outros transtornos psicológicos
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Escrito por

Caio Vega

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

28 de março 2024

O apetite sexual excessivo diz respeito à pessoa que possui uma libido considerada acima do “normal”. Essa condição também é chamada de hipersexualidade. Indivíduos assim possuem grande apetite sexual, desejos sexuais frequentes, fortes e intensos. Mas, para determinar se se trata de um “viciado em sexo”, ainda é preciso analisar com profundidade o caso.

Isso porque há aquelas pessoas que apenas vivem uma vida sexual um pouco diferente do comum. São pessoas que amam sexo e o fazem com muita frequência, mas ainda mantêm controle da situação. Sabem como administrar a própria libido e, dessa forma, não trazer perigo para si mesmo e para os outros.

Podemos dizer que, simplesmente, esses indivíduos possuem uma vida sexual mais intensa e plena. O sexo é uma parte muito importante de suas vidas. Eles têm um apetite sexual alto, sem que isso vire uma dependência.

Os desejos sexuais são apenas diferentes. Não há problema nesses casos. A hipersexualidade define um estado: Algumas pessoas possuem um apetite sexual acima da média. Mas, ainda que a libido delas seja bastante alta, essas pessoas mantêm o controle sobre suas relações sexuais e continuam a ter prazer com elas.

No entanto, não é esse o caso dos viciados em sexo, como veremos a seguir.

Definição de vício e satiríase/ninfomania

Não é de hoje a atenção dada ao desejo sexual hiperativo e às perturbações que podem resultar dele. Nos tempos antigos, utilizava-se o termo satiríase para descrever a versão masculina da ninfomania.

Podemos também falar em dependência sexual, considerando o vício em sexo como uma compulsão.

O principal fator que distingue um apetite sexual alto (e não problemático) do vício em sexo é o sofrimento que a situação causa.

Um viciado em sexo também tem uma libido alta. A frequência da sua prática sexual difere da “norma”, ou seja, é caracterizada como hipersexualidade. Por outro lado, ele não obtem prazer com isso. Pelo contrário: sua conduta traz bastante sofrimento.

Ao contrário de uma pessoa que simplesmente tem uma libido alta, um viciado em sexo não tem uma vida sexual feliz. Ou ele não tem nenhum prazer, ou tem muito pouco. Ele age compulsivamente na tentativa de compensar um problema psicoafetivo mais profundo.

No fundo, ele sabe bem que não sente nenhum prazer real, mas na hora ele é incapaz de resistir ao próprio impulso e vivencia mais uma experiência ruim. Além do efeito depressivo da falta de prazer, frequentemente ele sente vergonha e ansiedade. Muitas vezes, a sua dependência é vivida em segredo, desenvolvendo uma vida sexual paralela.

Shame (2011) exemplifica muito bem como muitas vezes um viciado em sexo se comporta. O filme nos mostra, sem nenhum glamour, o sofrimento por trás da compulsão do protagonista Brandon.

Pode ser um vício em pornografia, associado a masturbações compulsivas, por mais de 10 vezes por dia. Também pode ser um vício em sexo pago ou em flertar e seduzir compulsivamente, bem como um desejo permanente de fazer sexo.

O que acontece no psicológico de um viciado em sexo

Seja qual for a prática sexual, os mecanismos são sempre os mesmos: o dependente sexual procura afogar um sentimento negativo (tédio, ansiedade ou outros) recorrendo à compensação imediata que o sexo traz.

Esse mecanismo psicológico é semelhante ao de dependentes de álcool ou outras drogas. Tais pessoas, a fim de obter satisfação, são levadas a aumentar as doses para conseguir os mesmos efeitos e, no fim, já não sentem mais prazer.

Desvendando a hipersexualidade [Omenscast #54]

No nosso 54º episódio do Omenscast, o médico e urologista João Brunhara vai abordar o mundo complexo da hipersexualidade, explorando seus sintomas, impactos e abordagens terapêuticas. A transcrição do áudio você poderá encontrar aqui.

Os riscos ligados ao vício em sexo

A vida sexual de um dependente, conforme comprovado em algumas publicações científicas, segue um curso caótico e vazio de sensações. Essa conduta compulsiva o leva a correr riscos a si próprio e àqueles à sua volta: lesão física, infecção sexualmente transmissível, isolamento social, rompimentos amorosos,…

Além desses riscos, um viciado em sexo acaba passando por um grande sofrimento psicológico. Isso porque a consciência de estar fora de controle compromete sua autoestima. E os pensamentos sexuais que ele tem na cabeça o atormentam o tempo todo, impedindo que ele tenha interações normais com os outros.

O vício em sexo, assim como a maioria dos vícios, está frequentemente associado a outras dependências. Por exemplo: o alcoolismo ou o consumo de drogas (principalmente drogas que afetam o desempenho sexual).

Como sair do vício em pornografia? [Vídeo]

Quase todo homem já assistiu um filme pornô. Mas e quando vira vício? Existem efeitos da pornografia na sua sexualidade, principalmente hoje, com acesso fácil a esses filmes, que facilita o vício em pornô. Sim, isso pode acontecer, pode trazer culpa e até mesmo problemas na cama, por tudo que é representado na indústria audiovisual pornográfica. Nesse vídeo, trouxemos algumas dicas de como identificar um possível vício nesses tipos de vídeos, como se livrar da pornografia e dos malefícios dela.

Quais são as causas de uma libido elevada?

Buscar as causas de uma libido alta requer estabelecer uma norma como referência. Mas convém lembrar que, em termos de libido, há disparidades naturais entre os indivíduos e não há necessidade de se preocupar exageradamente com essas diferenças.

Sabemos que o nível da libido masculina está diretamente ligado à quantidade de testosterona produzida. (Aliás, para saber mais sobre testosterona, você pode ler o nosso artigo). No entanto, uma libido exacerbada pode ser um dos sintomas de certas doenças: a alteração pode ser causada por certos desequilíbrios hormonais ou psiquiátricos.

Como saber se é vício ou não?

Não basta ter uma atividade sexual considerada acima do “normal”.

A diferença entre uma pessoa bastante ativa sexualmente e uma dependente está na noção de Prazer x Sofrimento.

Uma pessoa saudável mantém o controle de sua libido, o que lhe dá a chance de ser feliz com sua sexualidade. Por outro lado, um viciado em sexo sofre com um comportamento compulsivo e com o ciclo vicioso em que ele se encontra.

Enquanto um homem saudável vive conscientemente uma vida repleta de experiências variadas, um dependente repete compulsivamente o mesmo padrão sobre o qual ele não tem controle.

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Posso ser viciado em sexo: devo procurar ajuda?

Em caso de dúvida sobre uma possível dependência sexual, é recomendado consultar um médico. Pode ser um médico urologista ou, ainda, um psiquiatra.

Muitas vezes, as causas profundas do vício são psicológicas. A maioria dos tratamentos adotados são terapias comportamentais. Durante essas consultas, o paciente é auxiliado pelo médico a reivindicar suas próprias sensações de prazer e, assim, recuperar seu desejo sexual.

Se você acha que pode ter um vício em sexo, o teste de Patrick Carnes pode te ajudar a descobrir.


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2 comentário(s) sobre “Viciado em sexo: como identificar o problema

  1. Rosemara Aparecida Silveira Ferreira says:

    Olá eu não sinto nem uma vontade de fazer sexo eu gostaria voltar a fazer sexo como antes eu tenho apenas 40 anos eu perdi a vontade o que devo fazer preciso de ajuda

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