O sexo anal é ainda hoje tabu para muitas pessoas. Desde muito tempo alguns o entendem como uma prática sexual inapropriada ou “antinatural”. Dentre os estigmas associados ao sexo anal, encontramos a ideia de que é sujo, humilhante, doloroso… Além de que seria um sinal de homossexualidade reprimida em um homem heterossexual ou um sinal de submissão das mulheres hétero, ou até mesmo um ato assustador ou nojento para as mulheres lésbicas. Vamos juntos desmistificar tudo isso?
Antes de mais nada, o sexo anal pode dar prazer por permitir quebrar um tabu: enfrentar um medo imaginário pode ser excitante.
Além disso, também encontramos a ideia de ir além da natureza. Realmente, o sexo anal é uma prática sexual que passa muito longe do objetivo da reprodução: trata-se de penetrar um orifício concebido para outro uso.
Mas há também o prazer de partilhar algo muito íntimo com outra pessoa. É, portanto, também um prazer sentimental, de confiança e outras emoções.
Acima de tudo, o sexo anal proporciona a alguns praticantes um imenso prazer físico. O orgasmo anal, embora misterioso, continua sendo um orgasmo completo, intenso e potente.
Além disso, a noção existente de orgasmo anal vai além de gêneros e identidades: mulheres, homens, intersexos, heterossexuais, homossexuais, bissexuais, cis ou transgêneros… em todo grupo podemos encontrar pessoas que sentem prazer nessa região.
No nosso 30º episódio do Omenscast, o médico urologista João Brunhara vai apresentar diversas informações úteis sobre os lubrificantes íntimos! Você sabe qual escolher? A transcrição do áudio você poderá encontrar aqui.
A sexualidade é feita de descobertas e cada um deve descobrir o próprio prazer e a melhor forma de controlá-lo.
A Omens te propõe assim alguns pontos de referência para atravessar esse obstáculo e experimentar o sexo anal, ou seja, para descobrir novas sensações! Por isso, as suas únicas motivações devem ser o desejo e o prazer.
Por outro lado, se você tiver outras motivações, tais como:
Há uma boa probabilidade da sua experiência ser ruim.
Do mesmo modo, pode ser que você não curta muito essa prática, ou até prefira apenas a posição de passivo(a) ou apenas a de ativo(a). Não existe nenhum padrão ou modelo que você deve seguir!
Como fazer sexo anal? – é uma pergunta muito recebida aqui no blog. Por isso, convidamos o Dr. Vinicius Lacerda, cirurgião digestivo e influencer sobre assuntos de saúde LGBT, para separar algumas dicas de um sexo anal sem dor e saudável para todas as sexualidades.
De acordo com uma pesquisa da DataFolha publicada em 2010, estima-se que 64% dos brasileiros praticaram o sexo anal pelo menos uma vez na vida. Mas, dentre eles, apenas 18% dizem gostar muito desse tipo de relação sexual.
A prática em muitos dos casos é mais ocasional do que regular, principalmente por ser difícil de aprender. Às vezes, as primeiras tentativas desencorajam muitos.
Mesmo assim, vale lembrar que existem pessoas que gostam de sexo anal nos mais variados grupos e em diversas etapas da vida. Por exemplo:
Problemas no relacionamento? Parceiro com alguma dificuldade?
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A confiança e o respeito mútuos são essenciais para o sexo anal assim como para qualquer relação sexual.
Durante o anal, não se pode fazer a penetração de qualquer forma: se for desagradável, doloroso, essas sensações vão ficando cada vez piores… Por outro lado, inversamente falando, o mesmo vale para quando a relação é prazerosa.
Jamais force a sua parceira ou parceiro, nem física ou psicologicamente, a praticar qualquer relação sexual se ela(e) não quiser – o mesmo, claro, vale para o sexo anal. Exercer qualquer pressão psicológica ou chantagem emocional também é uma forma de violência: no anal e no sexo em geral, para que ambos tenham prazer, deve haver um desejo partilhado.
Com relação ao sexo anal como “passivo” para os homens (particularmente os heterossexuais), ele apresenta mais riscos psicológicos: afinal, acaba perturbando as referências de identidade do papel masculino.
Por isso, é necessário trabalhar o psicológico para essas noções estranhas de “ativo” e “passivo” e aprender a não julgar o outro.
Muito se fala sobre as preliminares na hora do sexo. São consideradas preliminares os toques, as carícias e até mesmo o sexo oral, por exemplo. Mas qual a importância de tudo isso? Nesse vídeo, você pode encontrar alguns tipos de dicas de preliminares e como elas podem orientar a relação sexual.
Fisicamente intenso, o sexo anal é também forte emocionalmente.
Algumas pessoas só o aceitam ou consideram em um contexto afetivo, romântico, porque se garante respeito e confiança. Outros, pelo contrário, abordam o sexo anal como uma prática puramente sexual, preferindo um parceiro ou parceira casual, de uma noite.
Para os homens heterossexuais, às vezes existe o medo de sua parceira interpretar errado os seus desejos.
Por fim, mesmo que haja desejo e respeito mútuo entre os parceiros, independentemente do sexo ou gênero, ainda existem algumas regras a serem respeitadas → abordamos há pouco tempo esse assunto aqui no blog da Omens.
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A Omens é uma plataforma de saúde dedicada à saúde sexual e mental, que reúne médicos urologistas, terapeutas sexuais e farmacêuticos com o objetivo de construir soluções seguras, de qualidade e acessíveis a todos.
Por isso, a plataforma permite que você consulte online médicos especialistas em temas sobre sexualidade, além de psicólogos sexólogos. As consultas online podem ser feitas por mensagens, pelo celular ou por videochamada, por exemplo, além de apresentar muitas outras vantagens:
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O sexo anal ainda "carrega" o "estigma" machista: "o entrar" ainda mais quando é em outro homem! Sinto prazer é no esfincter, quando a glande fica exposta e a dilatação flui! Por ser cis, encontrei caras geralmente bissexuais, que relataram que mais que o frisson que dá de após sentir o esfincter do cara ceder é roçar na prostata com o pênis! Para evitar aquela dor que acarreta em ser penetrado deitado, sento nele e a posição do pênis "em pé", dá o avanço na medida certa, isto é, sem ficar todo "dentro" evitando a pressão no esfincter, que com o tempo, levaria a laceação! E a posição permite conversar durante o ato, entre caricias e beijos, ou seja, extensão das preliminares, durante o ato sexual!