Os prazeres físicos e psicológicos do sexo anal

como fazer sexo anal sem dor
BLOG OMENS / Sexualidade
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Escrito por

Caio Vega

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

28 de novembro 2021

O sexo anal é ainda hoje tabu para muitas pessoas. Desde muito tempo alguns o entendem como uma prática sexual inapropriada ou “antinatural”. Dentre os estigmas associados ao sexo anal, encontramos a ideia de que é sujo, humilhante, doloroso… Além de que seria um sinal de homossexualidade reprimida em um homem heterossexual ou um sinal de submissão das mulheres hétero, ou até mesmo um ato assustador ou nojento para as mulheres lésbicas. Vamos juntos desmistificar tudo isso?

O prazer psicológico, a transgressão e o prazer físico


Antes de mais nada, o sexo anal pode dar prazer por permitir quebrar um tabu: enfrentar um medo imaginário pode ser excitante.

Além disso, também encontramos a ideia de ir além da natureza. Realmente, o sexo anal é uma prática sexual que passa muito longe do objetivo da reprodução: trata-se de penetrar um orifício concebido para outro uso.

Mas há também o prazer de partilhar algo muito íntimo com outra pessoa. É, portanto, também um prazer sentimental, de confiança e outras emoções.

Acima de tudo, o sexo anal proporciona a alguns praticantes um imenso prazer físico. O orgasmo anal, embora misterioso, continua sendo um orgasmo completo, intenso e potente.

Além disso, a noção existente de orgasmo anal vai além de gêneros e identidades: mulheres, homens, intersexos, heterossexuais, homossexuais, bissexuais, cis ou transgêneros… em todo grupo podemos encontrar pessoas que sentem prazer nessa região.

Pequeno guia dos lubrificantes íntimos [Omenscast #30]

No nosso 30º episódio do Omenscast, o médico urologista João Brunhara vai apresentar diversas informações úteis sobre os lubrificantes íntimos! Você sabe qual escolher? A transcrição do áudio você poderá encontrar aqui.

Por que fazer sexo anal?


A sexualidade é feita de descobertas e cada um deve descobrir o próprio prazer e a melhor forma de controlá-lo.

A Omens te propõe assim alguns pontos de referência para atravessar esse obstáculo e experimentar o sexo anal, ou seja, para descobrir novas sensações! Por isso, as suas únicas motivações devem ser o desejo e o prazer.

Por outro lado, se você tiver outras motivações, tais como:

  • se comparar com outras pessoas que conhece
  • ter um desempenho sexual melhor
  • ou por estar se forçando só para agradar alguém

Há uma boa probabilidade da sua experiência ser ruim.

Do mesmo modo, pode ser que você não curta muito essa prática, ou até prefira apenas a posição de passivo(a) ou apenas a de ativo(a). Não existe nenhum padrão ou modelo que você deve seguir!

Dicas para um sexo anal saudável [Vídeo]

Como fazer sexo anal? – é uma pergunta muito recebida aqui no blog. Por isso, convidamos o Dr. Vinicius Lacerda, cirurgião digestivo e influencer sobre assuntos de saúde LGBT, para separar algumas dicas de um sexo anal sem dor e saudável para todas as sexualidades.

Muitas pessoas fazem sexo anal?


De acordo com uma pesquisa da DataFolha publicada em 2010, estima-se que 64% dos brasileiros praticaram o sexo anal pelo menos uma vez na vida. Mas, dentre eles, apenas 18% dizem gostar muito desse tipo de relação sexual.

A prática em muitos dos casos é mais ocasional do que regular, principalmente por ser difícil de aprender. Às vezes, as primeiras tentativas desencorajam muitos.

Mesmo assim, vale lembrar que existem pessoas que gostam de sexo anal nos mais variados grupos e em diversas etapas da vida. Por exemplo:

  • Mulheres que, por razões socioculturais, querem preservar o hímen (falamos aqui no blog sobre essa noção distorcida da virgindade feminina).
  • Mulheres grávidas que às vezes passam por um problema não preocupante na gestação, como a abertura do colo do útero. As relações sexuais vaginais também podem aumentar o risco de causar um parto prematuro. Embora isso não aconteça, é comum o parceiro de uma mulher grávida não penetrar a área vaginal por achar que pode machucar o feto. Por fim, podemos também destacar o fato de algumas mulheres grávidas ficarem com uma libido maior e descobrirem as próprias fantasias durante esse período.
  • Gays, mas também lésbicas e bissexuais. Essas minorias já rompem com condicionamentos sociais e imposições de gênero muito antes de praticar ou não certas formas de sexo…
  • Mulheres heterossexuais, apesar de apenas 7% delas relatarem que gostam muito da prática.
  • Homens heterossexuais, que por vezes descobrem esse prazer por acaso (durante a masturbação, no chuveiro, etc.). Outros descobrem essa zona erógena graças à parceira. Às vezes, é apenas uma fantasia não reconhecida.

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A psicologia do sexo anal


A confiança e o respeito mútuos são essenciais para o sexo anal assim como para qualquer relação sexual.

Durante o anal, não se pode fazer a penetração de qualquer forma: se for desagradável, doloroso, essas sensações vão ficando cada vez piores… Por outro lado, inversamente falando, o mesmo vale para quando a relação é prazerosa.

Jamais force a sua parceira ou parceiro, nem física ou psicologicamente, a praticar qualquer relação sexual se ela(e) não quiser – o mesmo, claro, vale para o sexo anal. Exercer qualquer pressão psicológica ou chantagem emocional também é uma forma de violência: no anal e no sexo em geral, para que ambos tenham prazer, deve haver um desejo partilhado.

Com relação ao sexo anal como “passivo” para os homens (particularmente os heterossexuais), ele apresenta mais riscos psicológicos: afinal, acaba perturbando as referências de identidade do papel masculino.

Por isso, é necessário trabalhar o psicológico para essas noções estranhas de “ativo” e “passivo” e aprender a não julgar o outro.

Sobre as preliminares: por que elas são úteis? [Vídeo]

Muito se fala sobre as preliminares na hora do sexo. São consideradas preliminares os toques, as carícias e até mesmo o sexo oral, por exemplo. Mas qual a importância de tudo isso? Nesse vídeo, você pode encontrar alguns tipos de dicas de preliminares e como elas podem orientar a relação sexual.

Transar ou fazer amor

Fisicamente intenso, o sexo anal é também forte emocionalmente.

Algumas pessoas só o aceitam ou consideram em um contexto afetivo, romântico, porque se garante respeito e confiança. Outros, pelo contrário, abordam o sexo anal como uma prática puramente sexual, preferindo um parceiro ou parceira casual, de uma noite.

Para os homens heterossexuais, às vezes existe o medo de sua parceira interpretar errado os seus desejos.

Por fim, mesmo que haja desejo e respeito mútuo entre os parceiros, independentemente do sexo ou gênero, ainda existem algumas regras a serem respeitadas → abordamos há pouco tempo esse assunto aqui no blog da Omens.


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COMENTÁRIOS SOBRE “Os prazeres físicos e psicológicos do sexo anal

  1. Amigo says:

    O sexo anal ainda “carrega” o “estigma” machista: “o entrar” ainda mais quando é em outro homem! Sinto prazer é no esfincter, quando a glande fica exposta e a dilatação flui! Por ser cis, encontrei caras geralmente bissexuais, que relataram que mais que o frisson que dá de após sentir o esfincter do cara ceder é roçar na prostata com o pênis! Para evitar aquela dor que acarreta em ser penetrado deitado, sento nele e a posição do pênis “em pé”, dá o avanço na medida certa, isto é, sem ficar todo “dentro” evitando a pressão no esfincter, que com o tempo, levaria a laceação! E a posição permite conversar durante o ato, entre caricias e beijos, ou seja, extensão das preliminares, durante o ato sexual!

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