Gonorreia: sintomas, causas, tratamentos

células da bactéria gonorreia
BLOG OMENS / Sexualidade
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Escrito por

Caio Vega

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

6 de junho 2022

A gonorreia (ou blenorragia) é uma infecção sexualmente transmissível (IST) bastante comum. Ela é provocada por uma bactéria chamada de gonococo ou Neisseria gonorrhoeae: o nome vem de seu descobridor, o cientista Albert Neisser.

A gonorreia afeta principalmente os órgãos genitais e o sistema urinário, fazendo com que, muitas vezes, a pessoa afetada sinta dores nesses órgãos, no reto, no ânus ou na garganta. Quando não tratada, ela acarreta complicações.

Nas últimas décadas, a gonorreia tem se tornado cada vez mais resistente aos antibióticos. É uma doença com cura, mas o aumento no número de casos no mundo todo é preocupante.

Quem são os mais afetados pela gonorreia?


Assim como acontece com a clamídia ou com a sífilis, os jovens são os mais atingidos: mulheres entre 16 e 24 anos e homens entre 29 e 34 anos.

Além disso, os mais afetados são os homens.

Gonorreia: modos de transmissão

Como acontece com todas as ISTs, a pessoa pode contrair a gonorreia durante uma relação sexual desprotegida (vaginal, anal ou sexo oral em homens e mulheres)… Mas é possível também transmitir a infecção através de roupas sujas ou em banheiros públicos.

Por fim, a gonorreia é transmissível entre mãe e filho durante o parto, podendo causar conjuntivites.

Sintomas da gonorreia


O período de incubação da infecção é de 1 a 14 dias (na maioria das vezes de 2 a 5 dias); desse modo, depois desse período, a doença se manifesta. Às vezes, porém, a pessoa pode ser assintomática em relação à gonorreia.

Geralmente, a infecção atinge os órgãos genitais, mas pode se espalhar para o reto, para a garganta, provocando irritação e vermelhidão.

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Em homens

Os principais sintomas aparecem de 2 a 14 dias após a contaminação:

  • coceira no meato uretral
  • dor intensa ao urinar
  • corrimento uretral amarelado ou esverdeado (pus)
  • inchaço dos testículos, que pode provocar dor

As manifestações desses sintomas podem ser: uma uretrite (infecção da uretra) ou uma epididimite (inflamação do epidídimo, o canal que liga o testículo à próstata).

Em mulheres

Os sintomas aparecem entre 2 e 21 dias, e novamente: às vezes, a infecção não apresenta sintomas.

O risco de complicações é maior nas mulheres, como, por exemplo: estreitamento da uretra ou cistite crônica.

Os principais sintomas são:

  • corrimento vaginal
  • disúria (dificuldade ou dor para urinar)
  • sangramentos vaginais
  • dores abdominais
  • dor durante as relações sexuais

As principais complicações da gonorreia não tratada são: infertilidade e gravidez ectópica.

Diagnóstico


Para diagnosticar a gonorreia, é necessário realizar um exame de coleta com cotonete na uretra ou através da secreção uretral; além disso, geralmente é necessário um exame de urina.

Nas mulheres, os procedimentos são os mesmos: coleta de secreções vaginais e análise de urina.

Enfim, podem-se realizar outros testes, dependendo da progressão da infecção nas regiões anais ou na garganta.

Guia das Infecções Sexualmente Transmissíveis [Vídeo]

Chegou dezembro e, com ele, a campanha Dezembro Vermelho. Então, preparamos um pequeno guia sobre todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis (as ISTs). Dentre elas, o HIV (ou AIDS), gonorreia, sífilis, HPV e a hepatite B, por exemplo. E tiramos também algumas dúvidas, como os sintomas do HIV, se já há cura sobre a infecção, sífilis, o que é gonorreia, qual a diferença entre HIV e AIDS e por que não se usa mais o termo DST, mas sim IST. Confira tudo isso e mais um pouco!

Tratamentos médicos


Em primeiro lugar, é importante lembrar que a melhor proteção contra ISTs é o preservativo.

Se algum dos sintomas acima estiver presente, é imprescindível consultar um médico.

Do mesmo modo, recomenda-se passar por exames anualmente caso a pessoa tenha diferentes parceiros sexuais.

Enfim, o tratamento se baseia na ingestão de antibióticos de dose única ou por injeção intramuscular. O tratamento pode se estender na presença de outras ISTs, como a clamídia, por exemplo, que acompanha com frequência a gonorreia.

Além disso, durante o tratamento e nas semanas seguintes à recuperação, o paciente deve se abster de quaisquer relações sexuais.

Conclusão


A gonorreia afeta muitas pessoas no mundo todo. No Brasil, ela é uma das mais comuns, junto da sífilis, das hepatites e do HPV.

A prevenção é uma questão de saúde pública. Portanto, é importante conscientizar os jovens dos riscos (conhecimento sexual e médico) e dos comportamentos preventivos (uso de preservativos, de gel lubrificante em vez de saliva, etc.).

A pessoa diagnosticada com gonorreia deve informar seus parceiros e respeitar o protocolo de tratamento.


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13 comentário(s) sobre “Gonorreia: sintomas, causas, tratamentos

  1. Giovane says:

    Ja fiz o tratamento com dose única, so que teve relação sexual apos 3 dias, existe o perigo de transmisao?

  2. Marcelo says:

    Eu já fiz o tratamento mais ainda tenho dor abaixo do umbigo e coceira na uretra e um pouco de dor na glande me ajudem por favor

  3. Felipe silva says:

    Como faço doutor já estou com 5 meses e já tomei vários medicamentos e não fiquei bom dessa doença

  4. Noaberto Liunda says:

    Será que depois de estar avançada, ainda pode-se tratar e poder ter a nossa fertilidade em condições.

  5. Bruno says:

    A gonorreía pode ficar no organismo da mulher, por pelo menos 2 meses, sem ela ter sintomas?
    O vírus pode ficar silencioso no organismo feminino por meses ou anos, até aparecer sintomas mais graves?

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