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Sexualidade

Omenscast #14: A anatomia do pênis

No nosso 14º episódio do Omenscast, o médico urologista João Brunhara vai abordar tudo sobre o órgão sexual masculino: as partes do pênis, os diversos tipos, formatos e tamanhos. Vamos lá?

Seja bem-vindo ao blog da Omens e fique à vontade para ouvir o nosso podcast! A transcrição do áudio também está logo abaixo.

Se você chegou até aqui, você está querendo descobrir alguma coisa sobre o assunto que é um foco de preocupação para muitos homens: o tamanho e o formato do pênis.

Existem muitos mitos e fantasias criados a respeito do pênis e da percepção de homens e mulheres sobre o órgão. Então, vamos falar sobre o que sabemos de concreto sobre o pênis e também responder algumas perguntas que sempre aparecem. Perguntas do tipo: qual o tamanho de um pênis normal? Tem como aumentar o pênis?

Olá, eu sou João Brunhara, médico urologista, e esse é o podcast da Omens sobre saúde sexual masculina.

Anatomia do pênis

Primeiro vamos entender como é a anatomia do pênis. Externamente, vemos apenas algumas das partes do pênis.

Começando pela cabeça, chamada de glande do pênis. Nos homens que não fizeram a cirurgia de fimose, ela é recoberta por uma pele chamada prepúcio. A borda da glande é chamada de coroa, e no ponto mais alto dela, existe uma pele estreita que prende a glande no prepúcio, que é o freio do pênis.

E ,em alguns homens, o freio pode ser mais curto ou menos elástico; e, com isso, ficar machucado ou até romper durante uma relação sexual, o que geralmente causa sangramento e um susto enorme. Mas, apesar de assustar, essa situação não é perigosa, e a correção do freio pode ser feita apenas com um curativo ou com uma pequena cirurgia removendo o freio, dependendo do caso. E de novo, em um pênis circuncidado, ou seja, que fez a cirurgia de fimose, esse freio não existe mais.

Logo abaixo da glande vem o corpo do pênis. E, dentro dele, existem as artérias e veias do pênis, a uretra, que é o canal da urina, e os corpos cavernosos, que são os cilindros que se enchem de sangue durante a ereção. Por sinal, se você quiser saber mais sobre como funciona uma ereção, não deixe de ver o vídeo no nosso canal no Youtube sobre o assunto. E, na verdade, os corpos cavernosos ainda se estendem internamente em direção à pube, em uma porção que não enxergamos do lado de fora.

Qual o tamanho normal do pênis?

Ok, falamos sobre a anatomia básica.

Mas agora chegamos às perguntas que atormentam boa parte dos homens: qual o tamanho médio do pênis? O que define um pênis grande ou um “pênis pequeno“? E mais importante: faz tanta diferença assim?

Primeiro vale o esclarecimento: existem todos os formatos e tipos de pênis por aí, e não necessariamente existe um formato considerado ideal, até porque as pessoas têm gostos diferentes.

E perguntar qual é o tamanho normal de um pênis é quase como perguntar qual a altura normal de uma pessoa: existe todo tipo de variação, e falamos em média, e não em normal. A grande maioria das pessoas ficam próximas de uma média, enquanto minorias ficam nos extremos de maior e de menor tamanho.

Para o comprimento do pênis, a média varia de acordo com o país. Estudos internacionais colocam essa média ao redor de 13 centímetros em ereção; estudos no Brasil posicionam a média ao redor de 14 ou 15 centímetros.

Lembrando que existe uma forma padronizada de como medir o pênis: durante uma ereção, medindo na parte de cima, partido da base do pênis, com uma fita métrica pressionada contra o osso chamado pube, e esticando a fita até a ponta da glande.

Circunferência peniana

Além disso existe a medida da circunferência, que deve ser feita com fita métrica ao redor da parte mais grossa do pênis. Essa média costuma ficar entre 9 e 12 centímetros.

E, para quem ainda não chegou na fase adulta e está se perguntando até que idade o pênis cresce, calma aí: na maioria das pessoas, o órgão vai se desenvolvendo até os 18 ou 19 anos de idade.

Mas agora vem a pergunta mais importante:

O tamanho do pênis importa tanto assim?

Primeiro vamos esclarecer que vários estudos já mostraram que normalmente o maior preocupado com o tamanho do órgão é o próprio dono, e não a parceira ou parceiro que se relaciona com ele.

Por exemplo, em um estudo feito com milhares de casais heterossexuais, quase metade dos homens estavam insatisfeitos com o tamanho do próprio pênis. Enquanto isso, mais de 80% das parceiras estavam plenamente satisfeitas. Além disso, fatores como aparência e personalidade são apontados nesses estudos como mais relevantes na avaliação de um potencial parceiro.

Ou seja, não é cair na hipocrisia de falar que o tamanho não tem relevância nenhuma, tem sim. E realmente algumas parceiras ou parceiros podem até não adorar o tamanho dos seus parceiros, por acharem grande demais ou pequeno. Mas o fato é que essa característica é muito menos importante do que outras no relacionamento.

Claro que estar nos extremos pode trazer vantagens e desvantagens:

Por exemplo, um pênis pequeno pode ser mais difícil para penetrar em algumas posições, mas é muito mais fácil para praticar sexo anal. Já no extremo oposto, pênis muito grandes podem impressionar, mas também podem ser incômodos e dolorosos em várias posições.

Por isso, para cada casal, existem conselhos específicos de como ter e dar maior prazer na hora da penetração. E também é claro que as pessoas têm gostos diferentes. Na verdade, estudos mostram que a maioria das pessoas preferem um pênis de tamanho médio, enquanto uma minoria tem predileção por tamanhos fora da média, para mais ou para menos.

E agora, depois de explicar tudo isso:

Tem como aumentar o pênis?

Ou, ainda, tem como engrossar o pênis? E mais importante: funciona, e vale a pena?

Para frustrar algumas expectativas, não existem técnicas confiáveis para grandes aumentos penianos. Para ser mais exato, as intervenções que existem consistem em remover a gordura que fica acima do pênis, ou de cortar os ligamentos do pênis, deixando ele mais solto e, portanto, parecendo maior. Nenhuma dessas 2 técnicas chega a alongar exatamente o órgão, apenas liberam espaço e dão uma impressão de tamanho maior, e normalmente com isso conseguem ganhar no máximo uma percepção de 2 centímetros a mais. Por isso, pesando riscos e benefícios, essas técnicas ficam reservadas apenas a homens com micropênis – definido como um tamanho de até 7,5 centímetros em ereção.

E engrossar?

Para aumentar a espessura do pênis, já foram testadas diversas técnicas, como injetar gordura, silicone, ou outras substâncias. Muitos resultados são frustrantes a médio e longo prazo, pois os implantes tendem a ser absorvidos pelo corpo com o tempo e, assim, quase que desaparecer. Além disso, em curto prazo é possível acontecerem reações indesejadas, com infecção, inflamação, perda de sensibilidade, dor, às vezes até gangrena e perda do membro; ou seja, resultados perigosos e bem incertos.

Por isso, esses procedimentos são considerados pela sociedade brasileira de urologia como experimentais, e não técnicas já estabelecidas. E, de novo, pensando no risco e no benefício, não indicamos esse tipo de intervenção. E pensa bem, seria de total interesse dos médicos criar uma indústria regular e oficial de aumento peniano se já tivesse uma solução confiável e segura para isso – da mesma forma como já existe para o silicone nos seios.

O fato é que até o momento, infelizmente não existe, então desconfie de quem quer te vender “cremes que vão dobrar o tamanho do seu pênis”. Muitas vezes, o fundamental é se conscientizar que a importância do tamanho é menor do que as pessoas imaginam, e tratar a insegurança mais do que o tamanho do órgão.

Se você ainda tiver comentários ou dúvidas, continue essa conversa na nossa página no Youtube, no Instagram ou no nosso blog!

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Dr. João Brunhara

Publicado por
Dr. João Brunhara

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