A calvície masculina pode começar na adolescência, mas ocorre com muito mais frequência em homens adultos – com a probabilidade de se expandir com o passar da idade. A genética tem um peso enorme em tudo isso: os homens que têm parentes próximos que ficaram calvos correm um risco maior. Isso acontece principalmente quando esses familiares são do lado materno.
Índice
O que é a calvície masculina?
A calvície masculina é o tipo mais comum de perda de cabelo prolongada que ocorre em homens adultos. O problema acontece devido a uma combinação de hormônios (androgênios) e a uma predisposição genética.
No entanto, cientificamente falando, damos o nome de alopecia androgenética a essa queda de cabelo masculina.
A calvície (muitas vezes grafada como “calvice” – um errinho bastante comum!) masculina se caracteriza por um recuo da linha do cabelo e pela queda dos fios na parte superior e frontal da cabeça.
Um tipo semelhante de calvície acontece com as mulheres, na alopecia androgenética feminina, que resulta em perda de cabelo na parte central da área frontal do couro cabeludo. Mas, geralmente, ela é menos severa que a que ocorre nos homens.
Se a sua perda de cabelo começar nas pontas (as famosas “entradas“) ou na coroa da cabeça, você pode ter calvície. Algumas pessoas vão apresentar um único local afetado pela calvície, enquanto outras veem as linhas do cabelo recuando e formando um “M” na cabeça. Em alguns homens, aliás, essa linha continua recuando até que todo ou a maior parte do cabelo tenha desaparecido.
Consulte um dermatologista ONLINE e comece o tratamento já
Marcar Teleconsulta AgoraReceba orientação médica sobre calvície: a partir de R$ 79
O que causa a calvície?
A calvície masculina é uma condição hereditária, causada por uma sensibilidade geneticamente determinada aos efeitos da diidrotestosterona (DHT) em algumas áreas do couro cabeludo. Acredita-se que a DHT diminua a fase de crescimento (fase anágena) do ciclo capilar de uma duração usual de 3-6 anos para apenas semanas ou meses.
Aliás, isso ocorre junto com a miniaturização dos folículos pilosos, produzindo progressivamente menos cabelos – e cada vez mais finos.
A produção de DHT é regulada por uma enzima chamada 5-alfarredutase.
Vários genes estão envolvidos no processo, o que explica as diferentes idades de início, progressão, padrão e gravidade da queda do cabelo em cada membro da família. Os genes que tornam a pessoa suscetível ou não são herdados tanto da mãe como do pai. No entanto, até o momento, os testes genéticos para prever a calvície não são confiáveis.
Algumas mulheres apresentam calvície também, normalmente por terem altos níveis de hormônios androgênicos, assim como certa predisposição genética. Essas mulheres também tendem a sofrer de acne, menstruação irregular e excesso de pelos faciais e corporais. Esses sintomas são característicos da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP), embora a maioria das mulheres com SOP não sofra com perda de cabelo. Com menor frequência, a Hiperplasia Adrenal Congênita pode ser a responsável. As mulheres que estão perdendo o cabelo com a idade são mais propensas a apresentar calvície feminina, ainda que os testes hormonais apresentem valores normais.
Existe remédio para calvície? E outras opções de tratamento?
Atualmente, as opções de tratamento para calvície incluem:
- Transplante capilar
- Micropigmentação (tatuagem) para simular um couro cabeludo aparado
- Próteses capilares
- Solução de Minoxidil
- Finasterida (inibidor de 5-alfarredutase tipo II)
- Dutasterida
Finasterida: remédio oral para calvície
A Finasterida é um medicamento oral que retarda a calvície em alguns homens. Ela funciona bloqueando a produção do hormônio masculino responsável pela perda de cabelo.
A finasterida tem uma taxa de sucesso maior do que o minoxidil. No entanto, vale lembrar que, quando você para de tomar finasterida, a calvície retorna.
Assim, você deve tomar finasterida de três meses a um ano antes de ver os resultados. Se o cabelo não começar a crescer após um ano, o seu médico provavelmente vai recomendar que você pare de tomar a medicação.
Os efeitos colaterais da finasterida incluem, por exemplo:
- depressão
- coceira
- erupção cutânea
- irritações na pele (urticária)
- sensibilidade mamária
- crescimento dos seios
- inchaço no rosto ou nos lábios
- ejaculação dolorosa
- dor nos testículos
- dificuldade para obter uma ereção
Embora seja bastante raro, a finasterida pode causar câncer de mama. Por isso, caso sinta dor nos seios ou perceba qualquer nódulo no local, procure imediatamente a avaliação de um médico.
A finasterida pode afetar os testes de Antígeno Prostático Específico (PSA) usados para detectar um possível câncer de próstata. Isso porque o medicamento diminui os níveis de PSA, o que causa leituras inferiores ao normal. Qualquer aumento nos níveis de PSA ao tomar finasterida requer uma avaliação de câncer de próstata.
Consulte um dermatologista ONLINE e comece o tratamento já
Marcar Teleconsulta AgoraReceba orientação médica sobre calvície: a partir de R$ 79
Minoxidil: tratamento local
O Minoxidil é um tratamento tópico aplicado no couro cabeludo. O produto retarda a calvície em alguns homens e estimula os folículos capilares a produzir novos fios.
O minoxidil leva de quatro meses a um ano para produzir resultados visíveis. Geralmente, assim como outros tratamentos, a calvície retorna quando se para de tomar o remédio.
Possíveis efeitos colaterais associados ao minoxidil incluem: ressecamento, irritação, queimadura e descamação do couro cabeludo.
Por outro lado, você deve visitar o médico imediatamente se você tiver algum desses efeitos colaterais graves:
- ganho de peso
- inchaço no rosto, nas mãos, nos tornozelos ou no abdômen
- dificuldade para respirar quando deitado
- batimento cardíaco acelerado
- dores no peito
- respiração ofegante
Transplante capilar: uma alternativa
O transplante capilar é o tratamento mais invasivo e mais caro para a calvície.
Os transplantes capilares funcionam assim: os médicos removem os cabelos das áreas do couro cabeludo que têm crescimento ativo e os transplantam para as regiões do couro em que os fios são finos, o cabelo é ralo ou inexistente. Fazer uso de diferentes tratamentos ao mesmo tempo pode ser necessário em alguns casos.
Além disso, o procedimento acarreta o risco de cicatrizes e infecções.
Entretanto, as vantagens de um transplante capilar são que ele parece mais natural e é permanente.
Aplicação de PRP: tratamento para calvície com injeção
Enfim, existe a injeção de PRP (Plasma Rico em Plaquetas).
Esse tratamento para calvície consiste em coletar o sangue do paciente, passá-lo por uma centrífuga para separar as plaquetas e o plasma e depois injetar o plasma (que está cheio de agentes de crescimento) nos folículos capilares. Desse modo se estimula o crescimento celular, a cicatrização de feridas e a produção de colágeno.
O desconforto é mínimo e o procedimento pode levar cerca de 10 minutos. É um tratamento surpreendentemente indolor e simples e extremamente seguro e natural, pois utiliza o próprio sangue do paciente.
Além disso, não há praticamente necessidade de nenhum tempo de repouso após o processo; assim, o paciente pode continuar com o seu cotidiano normalmente.
A princípio, estima-se que o paciente precise de 3 sessões para acordar os folículos capilares (1 por mês) e as seguintes a cada 3-6 meses.
Dentro de poucos meses, a calvície vai amenizar e logo após haverá um aumento na espessura ou no crescimento de novos fios.
Como a aplicação de PRP não é uma cura para a causa da calvície, a pessoa precisaria receber injeções de manutenção regulares para manter os resultados. Como explicamos anteriormente, o mesmo acontece se a pessoa fizer uso de remédios prescritos.
Consulte um dermatologista ONLINE e comece o tratamento já
Marcar Teleconsulta AgoraReceba orientação médica sobre calvície: a partir de R$ 79
Conclusão
Se você quiser fazer algo contra a sua calvície, marque uma consulta com um dermatologista: pode ser um ótimo lugar para começar.
Um médico especialista pode te dizer que tipo de perda de cabelo você tem: isso é importante, porque diferentes tipos de queda de cabelo requerem diferentes tratamentos.
Um dermatologista também pode te dizer quais os resultados que você pode esperar com cada remédio para calvície. Se você quiser tratar o problema, o médico pode te ajudar a definir quais as opções que vão ajudar a trazer mais melhorias.
Referências
- Fabiane Mulinari-Brenner, Gabriela Seidel, Themis Hepp. Hospital das Clínicas de Curitiba da UFPR (2011). Entendendo a alopecia androgenética.
- Revista de Ciências Médicas 18(3):153-161 maio/jun., Campinas (2009). Alopecia androgenética masculina: uma atualização.
- Leticia Arsie Contin. Alopecia androgenética masculina tratada com microagulhamento isolado e associado a minoxidil injetável pela técnica de microinfusão de medicamentos pela pele.