Para que serve o cloridrato de paroxetina: os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRI), encontrados em muitos antidepressivos, muitas vezes têm o efeito colateral de retardar a ejaculação.
Em geral, os medicamentos antidepressivos podem influenciar (às vezes mais, às vezes menos) a sexualidade. Os efeitos colaterais podem incluir: perda de libido, redução da capacidade erétil dos homens, diminuição da excitação…
Para a paroxetina, em 70% dos casos aproximadamente, o paciente desenvolve um problema sexual, que pode ou não incomodar. É por isso que é importante conversar sobre isso com um médico. Se um problema sexual relacionado ao uso de medicamentos estiver te incomodando, deve-se considerar alterar o tratamento.
Por fim, vamos chamar a atenção neste artigo para o fato de que um antidepressivo não exatamente “cura” a ejaculação precoce: trata-se de um efeito colateral. Existem remédios mais adequados ao tratamento da ejaculação precoce.
O que é Cloridrato de Paroxetina e para que serve?
O cloridrato de paroxetina é um antidepressivo que faz parte da classe dos inibidores seletivos da recaptação da serotonina. Ela é destinada aos adultos a fim de tratar a depressão e distúrbios de ansiedade.
Dentre os distúrbios de ansiedade podemos citar os seguintes, por exemplo:
- transtorno obsessivo-compulsivo;
- ataques de pânico;
- transtorno de ansiedade social (fobia social);
- estresse pós-traumático;
- transtorno de ansiedade generalizada.
Esse medicamento tem por objetivo aumentar o nível de serotonina no cérebro.
Depressão e sexualidade
Estima-se que 10 a 25% das mulheres e 4 a 12% dos homens sofrerão com um período de depressão em algum momento da sua vida.
Basicamente falando, uma das características da depressão é a dificuldade ou incapacidade de sentir prazer. Pode haver também uma queda geral nos níveis de libido; dessa forma, a sexualidade da pessoa pode sofrer fortes consequências.
Esses sintomas secundários relacionados à sexualidade tendem a reforçar uma autoestima baixa, muitas vezes causando problemas no relacionamento, que, assim, prejudicam à libido.
Nos homens, a ansiedade e a preocupação em ser bom de cama, por exemplo, podem levar a uma disfunção erétil. A disfunção sexual pode, então, alimentar um ciclo vicioso, geralmente de duas formas: provocando um problema de ereção ou de ejaculação.
Em todo caso, a partir do momento que uma medicação provoca uma disfunção sexual, é recomendável procurar atendimento médico.
Dentre os problemas sexuais, podemos citar principalmente:
- nos homens, queda no desejo e na excitação;
- nas mulheres, uma anorgasmia (dificuldade ou impossibilidade em alcançar o orgasmo).
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No entanto, é difícil perceber exatamente qual é a ligação entre os antidepressivos e esses problemas sexuais. Isso porque já se observa em uma pessoa deprimida diversos fatores que podem influenciar a sua sexualidade — e os antidepressivos são um desses vários fatores.
Dependendo da gravidade da depressão, do cenário do tratamento, da existência de outras condições neurológicas ou metabólicas — e de muitos outros aspectos —, as características das disfunções sexuais não são as mesmas.
Os antidepressivos que provocam disfunções sexuais
A classe de antidepressivos que interagem com a serotonina, principalmente os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (SSRI), podem provocar problemas relacionados à ejaculação. Mas, em muitos casos, podem ocorrer problemas de ereção ao mesmo tempo.
Estima-se, por exemplo, que 25% das pessoas com depressão demonstrem algum grau de disfunção erétil em mais de 50% das relações sexuais durante o tratamento antidepressivo. Isso acontece principalmente com o uso de antidepressivos tricíclicos.
Além disso, o cloridrato de paroxetina faz parte de um grupo de medicamentos cujo uso frequentemente provoca um retardo na ejaculação. Em alguns casos, o homem pode até mesmo sofrer de anorgasmia (dificuldade ou impossibilidade em alcançar o orgasmo).
Por isso, a paroxetina (assim como outros antidepressivos) é proposta, em alguns casos, como tratamento para a ejaculação precoce. No entanto, atualmente há outros medicamentos mais adequados ao tratamento da ejaculação precoce, sem os efeitos dos antidepressivos (no humor, no comportamento, etc.).
Cloridrato de Paroxetina: para que serve? – Conclusão!
Os efeitos colaterais dos antidepressivos são pouco frequentes e, na maioria das vezes, moderados. Mas não podemos negligenciar os sintomas quando eles aparecem: é necessário sempre conversar sobre isso com um médico.
Quando uma disfunção sexual aparece, pode ser necessário reavaliar o tratamento, mudando a medicação. Há uma variedade de antidepressivos, e eles não terão o mesmo efeito em pacientes diferentes.
Em comparação com os antidepressivos tricíclicos, por exemplo, os inibidores seletivos da recaptação da serotonina (como a paroxetina) demonstraram melhorar significativamente a qualidade de vida de pessoas com depressão. No entanto, alguns casos continuam a apresentar problemas sexuais como consequência. Portanto, caso o paciente faça uso do cloridrato de paroxetina como tratamento antidepressivo e perceba tais problemas, é importante conversar com o médico sobre o assunto.
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Fontes
- Farmácia da Faculdade de Educação e Meio Ambiente; Wagner dos Santos Carvalho, André Tomaz Terra Júnior. A utilização de medicamentos off-label no tratamento da ejaculação precoce.
- Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 45 (10) p. 607-612, 1996; E. Possidente, I. Figueira, A. Nardi, C. Mendlowicz, M. Versiani. Efeitos sexuais induzidos pelos inibidores seletivos de recaptação de serotonina: diagnóstico e manejo terapêutico.