Entenda como as ISTs podem afetar a saúde bucal

As Infecções Sexualmente Transmissíveis podem ser transmitidas pelo sexo oral sem proteção e impactar a saúde bucal
BLOG OMENS / Sexualidade
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Escrito por

Caio Vega

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

7 de setembro 2022

Os agentes causadores das ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis) podem ser disseminados pelo sexo oral sem proteção e impactam toda a saúde bucal, principalmente nos pacientes que possuem aftas, cáries ou algum tipo de inflamação gengival.

Desse modo, doenças como a sífilis, herpes, hepatite e AIDS, entram no organismo das pessoas por meio dos machucados bucais. Assim, causam infecções e feridas em todos os tecidos moles da cavidade oral. Esse tipo de ocorrência tem sido mais comum do que se pensa. 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, aproximadamente 44% da população jovem brasileira não usa camisinha durante as relações sexuais. 

Isso tem feito com que o número de casos se multiplique rapidamente e seja motivo de preocupação para as autoridades.

Isso porque, se não se identificar essas doenças a tempo, elas podem adquirir complicações severas que resultam na infertilidade, no surgimento de lesões cancerígenas e até na morte do paciente.

Quais são os impactos dessas infecções na saúde bucal?


Na saúde bucal, essas doenças podem demorar a ser constatadas pelos próprios pacientes. Isso porque muitas vezes são patologias silenciosas e não apresentam sinais incômodos ou que causem preocupação.

Por isso, muitos casos são diagnosticados em consultas odontológicas que possuem outras finalidades, como a realização do clareamento dental, por exemplo. 

Contudo, é extremamente importante saber reconhecer os sinais e procurar a assistência médica precocemente.

Assim, os sintomas mais comuns de ISTs na cavidade oral, são:

  • Feridas que não cicatrizam a mais de 15 dias;
  • Dores para engolir;
  • Surgimento de manchas brancas ou avermelhadas;
  • Placas similares à amigdalite;
  • Secreções amareladas.

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Como tratar e prevenir essas enfermidades?


Quando o dentista identifica esse tipo de lesão, ele deve encaminhar o paciente para a realização de biópsias e para o acompanhamento com um clínico geral, ginecologista ou urologista.

O tratamento deve variar de acordo com a doença e com o seu nível de gravidade. Portanto, pode-se recomendar o uso de pomadas com efeito antibiótico, antifúngico ou antiviral. Em alguns casos, pode ser necessária a remoção cirúrgica de lesões, como, por exemplo, de uma verruga viral.

Em algumas ocasiões, no entanto, pode-se prescrever o uso de medicamentos de via oral, como antibióticos ou antivirais.

Ainda que essas feridas sejam tratáveis e desapareçam com o cuidado adequado, alguns dos agentes causadores são bastante resistentes e difíceis de serem completamente eliminados do organismo. 

Assim, muitas dessas doenças não possuem cura definitiva e podem voltar a aparecer. É o caso, por exemplo, da herpes, que tende a reaparecer quando a pessoa está em um período de estresse, cansaço ou queda na imunidade. Dessa forma, a prevenção da infecção é a melhor maneira de garantir a saúde individual e dos parceiros.

Praticar sexo seguro

A melhor forma de prevenir a infecção ou a transmissão de qualquer doença sexualmente transmissível é por meio do uso de preservativos, inclusive durante o sexo oral.

Por sinal, para o sexo oral recebido por uma mulher, existe uma proteção chamada dental dam, um quadrado de latex para proteger a vagina durante o sexo oral. Como esse item não é tão fácil de achar no Brasil, uma outra solução é cortar uma camisinha masculina longitudinalmente e esticar sua superfície.

Além disso, é recomendado que os pacientes sexualmente ativos realizem exames anuais de IST para garantir a saúde.

Em alguns casos, como no HPV, já existem vacinas que ajudam a imunizar contra esse tipo de doença. Aliás, elas estão disponíveis tanto no sistema público de saúde (SUS) quanto nos hospitais particulares.

Aprimorar a higiene oral

O cuidado com a limpeza de toda a cavidade bucal é primordial para evitar o surgimento de inflamações, feridas e úlceras orais, que facilitam a contaminação do organismo pelas ISTs.

Por isso, os pacientes que utilizam o aparelho invisível, ou qualquer outro acessório ortodôntico, precisam se atentar ainda mais com a higienização desses dispositivos.

No entanto, todas as pessoas devem realizar a escovação três vezes ao dia, seguida pelo uso do fio dental e finalizando com um enxaguante bucal, recomendado pelo seu dentista.

Ainda que seja mais raro esse tipo de ocorrência, as bactérias bucais que originam diversos problemas dentais podem acabar infiltrando a lente de contato dental, causando doenças nos dentes naturais e nas gengivas. 

Assim, esses pacientes ficam ainda mais suscetíveis a infecções sexuais e, por isso, precisam ter atenção redobrada com a limpeza.

Fazer consultas frequentes com o dentista

A recomendação geral é que todos os pacientes realizem as consultas odontológicas de rotina para manter a saúde bucal, pelo menos uma vez a cada seis meses. Isso vale, inclusive, para os pacientes que utilizam o aparelho dental invisivel.

Essas visitas são importantes! Além da limpeza profunda que impede a formação da placa bacteriana e das doenças bucais, o dentista pode avaliar todas as estruturas bucais, em busca de anormalidades que podem indicar o surgimento de alguma IST.

Cabe ressaltar que também é importante que as pessoas que possuam um implante dentário realizem o acompanhamento do procedimento para garantir que não há nenhuma lesão que seja mais profunda e possa deixá-lo mais vulnerável.

Consulte outras especialidades:

Além disso, o acompanhamento com o clínico geral, ginecologista e urologista é fundamental para controlar a saúde e acompanhar os riscos de ISTs.


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