Conheça as ISTs mais comuns no Brasil

os símbolos da cruz da medicina e um coração vermelho, precisamos haver diálogo com informações sobre ist
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Escrito por

Seth Zanette

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

7 de novembro 2023

Você já ficou preocupado em ter ou não pegado uma IST? No Brasil, esse tipo de infecção ainda é um tabu, mesmo que muitas delas tenham tratamento ou controle. Portanto, é importante discutirmos o assunto de forma mais ampla.

Hoje, vamos conhecer as ISTs mais comuns no Brasil e quais os seus sintomas. A informação é uma das formas de proteger o seu corpo e mantê-lo saudável durante atividades sexuais. Então, acompanhe o que é quais os sintomas e como se prevenir das ISTs mais comuns do território nacional.

Herpes genital


A herpes já é normalmente conhecida como uma infecção sexualmente transmissível comum. Segundo a OMS, 70% da população mundial já esteve em contato com o vírus da herpes, somando sua versão labial e genital. A Herpes simples é responsável pela infecção de 80% da população brasileira. Então, ela está em primeiríssimo lugar no nosso ranking. 

Como é contraída? A herpes é transmitida através do contato com a parte do corpo infectada. Essa contaminação pode ocorrer através da relação sexual, através de fluidos vaginais, do pênis ou ânus e também através de fluidos orais, ou seja, dá para pegar beijando ou tocando uma área infectada.

Quais os sintomas dessa IST? Os principais sintomas da herpes incluem coceira, dores na região genital e pequenas aglomerações de bolhas que posteriormente se tornarão úlceras.

Herpes genital tem cura? [Omenscast #32]

No nosso 32º episódio do Omenscast, o médico urologista João Brunhara vai falar sobre a herpes genital, que infelizmente afeta muitas pessoas no Brasil e no mundo todo. Vamos falar sobre tratamentos e prevenção? A transcrição do áudio você poderá encontrar aqui.

HPV: infecção por papilomavírus humano


Segundo pesquisa que data de 2017, realizada pelo Ministério da Saúde, mais de 54% da população brasileira possui o vírus da HPV . Por isso, essa IST se encontra no segundo lugar do nosso ranking. O HPV infecta principalmente pele e mucosas e pode levar até o aparecimento do câncer. Portanto é imprescindível cuidar para que ela não continue sendo transmitida.

Como é contraída? Através do contato direto com a pele ou mucosa infectada. A forma mais comum é através de contato sexual sem proteção, seja oral, anal ou através de penetração.

Quais os sintomas? Na maioria dos casos, a HPV não apresenta sintomas visíveis. Por isso se torna uma IST potencialmente perigosa. Os condilomas acuminados, verrugas na região genital, podem aparecer, mas não é uma regra. Portanto, o cuidado durante o sexo precisa ser redobrado.

Hepatite


A Hepatite B também é uma IST. Segundo boletim epidemiológico de 2021, lançado pelo ministério da saúde, essa forma da hepatite era responsável por mais de 70% dos óbitos associados a doença. Até 2020, foram 689.933 brasileiros afetados por alguma forma da hepatite.

Como é contraída? A Hepatite B está presente nas secreções do corpo humano (como sangue, por exemplo), por isso se trata de uma doença sexualmente transmissível. As outras hepatites também se transmitem pelo sangue, mas são menos contagiosas por outros fluidos corporais. 

Quais os sintomas? Por serem infecções que atacam o fígado, as hepatites provocam cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

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Sífilis


A sífilis é transmitida por uma bactéria e em 2019 foram 152.915 casos registrados em território nacional. Essa IST é perigosa para a população geral, mas para as gestantes o cuidado deve ser redobrado. Ela pode comprometer diversos órgão do corpo, inclusive o cérebro. É uma infecção que se desenvolve em estágios, podendo apresentar sintomas diferentes dependendo do nível de atuação no corpo.

Como é contraída? Passa-se sífilis através do contato sexual, transfusão de sangue ou de maneira vertical (ou seja, de mãe para filho). 

Quais os sintomas? O primeiro sintoma da sífilis são feridas indolores e que desaparecem sozinhas na região genital. Depois desse primeiro estágio, podem aparecer febre, dor de cabeça, mal-estar, manchas vermelhas na pele. 

HIV


O HIV não poderia faltar nessa lista. É uma das ISTs mais conhecidas, mas ainda existe muito tabu quando se fala sobre. A desinformação acaba gerando preconceito e ainda mais pessoas expostas ao vírus. Em 2021, foram 15.220 novos casos de AIDS registrados no Brasil, segundo Boletim Epidemiológico da IST publicado pelo Ministério da Saúde. Essa infecção atinge diretamente nosso sistema imune, impedindo o corpo de combater outras infecções oportunistas. Existem maneiras de evitar o HIV mesmo antes de possivelmente se expor ao vírus, através da PreP, e depois da possível exposição, através da PeP.

Como é contraído? O HIV é contraído através de relações sexuais (via oral, vagina ou anal) desprotegidas, por compartilhamento de agulhas ou ainda por via vertical (de mãe para filho no parto).

Quais os sintomas dessa IST? Os sintomas são muitos. Envolvem desde dores no corpo, fadiga, febre, mal estar geral até erupções na pele, suor noturno etc. Portanto, se você se expôs a uma situação que pode resultar na infecção pelo vírus do HIV, o ideal é procurar imediatamente o médico para realização de exames e detecção da IST.

Gonorreia e Clamídia


A gonorreia e clamídia têm sintomas bastante comuns e são ambas provocadas por bactérias. Os casos podem chegar a 500 mil por ano, já que existe grande facilidade na transmissão dessas ISTs. Como sempre, o cuidado deve ser redobrado para não ter sintomas bastante desconfortáveis. Ambas as doenças podem afetar tanto homens quanto mulheres e os sintomas surgem bem rápido, levando de 24 a 72 horas para aparecerem.

Como é contraída? Ambas as ISTs podem se transmitir através do sexo desprotegido, seja ele anal, vaginal ou oral.

Quais os sintomas? Os sintomas também são bastante parecidos. A pessoa infectada pode ter corrimento anormal nas áreas genitais e dor durante micção.

Guia das Infecções Sexualmente Transmissíveis [Vídeo]

Chegou dezembro e, com ele, a campanha Dezembro Vermelho. Então, preparamos um pequeno guia sobre todas as Infecções Sexualmente Transmissíveis (as ISTs). Dentre elas, o HIV (ou AIDS), gonorreia, sífilis, HPV e a hepatite B, por exemplo. E tiramos também algumas dúvidas, como os sintomas do HIV, se já há cura sobre a infecção, sífilis, o que é gonorreia, qual a diferença entre HIV e AIDS e por que não se usa mais o termo DST, mas sim IST. Confira tudo isso e mais um pouco!

Candidíase


Em primeiro lugar, formalmente a candidíase não é uma IST. Isso porque se trata da presença em quantidade exacerbada de um fungo que faz parte da flora normal do corpo humano. 

Uma pessoa pode ter candidíase sem nunca ter tido uma relação sexual, mas ela também pode ser transmitida através do sexo. Ainda assim, a candidíase é bastante popular no Brasil. Por isso, achamos importante trazê-la aqui.

Segundo o ministério da saúde, a taxa de infecção é 2,49 casos para cada 1.000 admissões hospitalares. Taxa até 15 vezes maior que em países da Europa. A candidíase é provocada em quase 70% dos casos pelo fungo Candida albicans e tem tratamento e cura disponíveis. A infecção pode afetar a área genital, anal e até mesmo a garganta e boca.

Como é contraída? Ela geralmente é contraída por um desbalanço hormonal e crescimento desproporcional do fungo Candida albicans, mas também pode se transmitir sexualmente se houver relação sexual desprotegida durante uma infecção.

Quais os sintomas? Os sintomas incluem dores na relação sexual, corrimento anormal na vagina ou pênis, prurido na área genital, inflamação e vermelhidão na área afetada.

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Outras


Tricomoníase

A tricomoníase é causada pelo parasita Thricomonis vaginalis. É uma IST bastante comum aqui no Brasil. São entre 10 e 35% da população infectada anualmente no país e, apesar do nome, o parasita não atinge apenas mulheres. A transmissão acontece através do sexo desprotegido sendo o uso da camisinha a melhor forma de se prevenir. Essa IST pode não provocar sintomas, mas em alguns casos ocorre prurido, corrimento vaginal anormal e sangramento após relação sexual. A tricomoníase, além de ser por si só uma infecção sexualmente transmissível, também atua como facilitadora para que outras ISTs ocorram, com a gonorréia e a clamídia.

Cancro mole (cancróide)

O cancro mole é uma IST provocada pela bactéria Haemophilus ducreyi, que resulta em feridas dolorosas com pus na região genital. É possível confundir essas feridas com as causadas por Herpes. Portanto, se esse sintoma estiver presente, procure um médico para realização de exames e detecção da IST.

Apesar de não ser tão comum quanto as outras infecções citadas, o cancro mole ainda está presente na população brasileira. Portanto, precisamos tomar cuidados e nos protegermos durante as relações sexuais.

Donovanose

Apesar de pouco falada, a Donovanose é outra IST que pode afetar de maneira severa a saúde. A donovanose pode afetar uma grande área da pele e causar úlceras dolorosas na região genital. É uma infecção mais comum no Norte do país e se transmite através do contato sexual sem proteção. A bactéria que causa a donovanose é a Klebsiella granulomatis e existe tratamento através de antibióticos. Mais uma vez, uma bactéria é responsável por úlceras dolorosas, assim como a herpes e o cancro mole. Por isso é imprescindível que não haja esse autodiagnóstico: ao perceber algum sintoma, realize exames e procure um médico.

Infecção pelo HTLV

Por fim, mais uma IST que se fala pouco: a infecção pelo vírus linfotrópico da célula T, ou HTLV. Pertencente à mesma família do vírus HIV, esse tipo de infecção atinge a célula T, uma grande defesa do nosso corpo. Esse tipo de IST pode provocar doenças hematológicas, neurológicas e degenerativas graves. O número de casos chega até 800 mil no Brasil. O HTLV é silencioso, provoca poucos sintomas, mas acaba abrindo portas para doenças oportunistas. Mais uma vez, a melhor maneira de se prevenir é se protegendo nas relações sexuais.

Conclusão


Por fim, nesse artigo vimos que a transmissão de diversos tipos de ISTs conhecidas continua grande no Brasil. No entanto, também descobrimos que existem infecções pouco faladas e que causam tanto mal quanto as que nós já conhecemos circulando por aqui.

A única maneira de se proteger contra todas elas é se protegendo de maneira correta durante as relações sexuais e procurando o médico urologista/ginecologista ao apresentar sintomas. Em muitos dos casos, o auto diagnóstico pode ser errôneo e dificultar o tratamento adequado da infecção.


Referências

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