A qualidade do esperma é avaliada através de um espermograma. Então, quando se detecta a ausência completa de espermatozoides no esperma, chamamos de azoospermia.
Apresentaremos aqui os dois tipos diferentes de azoospermia: a obstrutiva (quando há obstáculos no aparelho reprodutor) ou a não obstrutiva (quando há uma falha na produção de espermatozoides). Além disso, vamos descrever e avaliar as possíveis causas dos tipos de azoospermia tendo em vista uma reprodução medicamente assistida (RMA).
Índice
Tipos de azoospermia
Em primeiro lugar, a azoospermia precisa da confirmação de pelo menos dois espermogramas mostrando a ausência total de espermatozoides.
Assim, como dissemos, existem 2 tipos de azoospermia:
- com uma obstrução nas vias do sistema reprodutor
- com um problema na produção de espermatozoides
Para distinguir os dois, deve-se analisar diferentes dados, por exemplo: esperma, níveis hormonais, ultrassons e informações genéticas.
Azoospermia obstrutiva
Há quatro causas possíveis para a azoospermia quando há obstrução:
- ausência ou má-formação congênita do canal deferente e/ou das vesículas seminais;
- consequências de infecções genitais;
- resultado de uma vasectomia;
- por fim, em casos raros, um cisto na próstata.
Azoospermia não-obstrutiva
Essa falha na produção de espermatozoides é muitas vezes caracterizada por uma deficiência na secreção de hormônios.
Essa deficiência possui duas causas: periférica ou central.
Causa periférica
- com origens genéticas: síndrome de Klinefelter, mutações inibitórias do receptor do FSH, microdeleção (perda de um fragmento de DNA) do cromossomo Y;
- adquirida após cirurgia, traumatismo, orquite (infecção dos testículos), criptorquidia (“testículo escondido”), torção testicular, quimioterapia ou depois do uso prolongado de reposição de testosterona ou por causa da varicocele;
- ou com origem indeterminada, sem nenhuma relação com qualquer outra doença.
Causa central
- relacionada a diferentes síndromes: síndrome de Kallmann, síndrome de Prader-Willi, mutações dos genes receptores do GnRH, FSH ou LH, mutações do gene GPR54, etc.
- ligada a um tumor de hipófise, um problema na próstata ou uma origem medicamentosa…
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Avaliando a azoospermia
Frente a uma azoospermia, certamente o questionário médico e o exame clínico são fundamentais na determinação dos fatores que podem afetar a fertilidade.
Diversos espermogramas permitirão determinar o volume da ejaculação e o pH do líquido seminal. Quando se suspeita de uma alteração nas glândulas reprodutivas, pode-se realizar outro exame seminal.
Deve-se analisar principalmente os níveis hormonais: FSH e inibina B, testosterona, LH e prolactina.
Assim, realiza-se rotineiramente um ultrassom dos testículos para avaliar seu tamanho, a posição, presença (ou não) de varicocele, bem como um exame de imagem para avaliação da próstata e vesículas seminais
Esse ultrassom irá, dentre outras coisas, eliminar a possibilidade de cistos ou outras obstruções como causa da azoospermia.
Também se faz um exame do cariótipo para ter uma visão geral dos cromossomos a partir de uma célula, pesquisando alterações como microdeleções e síndrome de Klinefelter.
E, por fim, os exames procurarão outras alterações genéticas.Uma biópsia testicular (incluindo métodos microscópicos como Micro-TESE) avalia diretamente na fonte se o testiculo é capaz de produzir espermatozoides, ao mesmo tempo em que podem ser capturados espermatozoides (se forem encontrados) para utilizar numa reprodução assistida.
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Tratamentos
A azoospermia não é necessariamente irreversível – isso dependerá da causa.
Quando ela é obstrutiva, há a possibilidade de cirurgia com o objetivo de desobstruir o canal deferente (vasovasostomia). Esse procedimento irá restaurar o transporte normal de espermatozoides.
Os tratamentos hormonais com FSH e HCG também permitem, às vezes, restabelecer a liberação de espermatozoides.
No entanto, quando a azoospermia é de origem genética, ela muitas vezes não tem cura.
Assim, de toda forma, os médicos devem lhe orientar da melhor forma possível e oferecer a você diferentes tratamentos ou soluções caso queira ter filhos biológicos (dependendo da causa da azoospermia).
Os métodos mais invasivos são capazes de capturar os espermatozoides diretamente nos testículos, quando estes são capazes de produzi-los mesmo que em quantidade mínima.
Ainda com dúvidas? Saiba mais sobre o esperma [Vídeo]
Você sabe, por exemplo, qual a composição do esperma e onde ele é produzido? Sabia que não tem a ver apenas com os testículos? E vamos falar de fertilidade também: por quanto tempo o esperma (e os espermatozoides) se mantém fertéis? E outras coisas que deixam os homens preocupados: e quanto à cor do esperma? Tem como melhorar o gosto do esperma ou mesmo aumentar a quantidade? E, por fim, ingerir esperma realmente pode trazer benefícios? Saiba mais no canal da Omens no YouTube.
Conclusão
Se você está tendo dificuldades para engravidar a sua parceira (com tentativas regulares e sem nenhum tipo de contracepção), é preciso esperar pelo menos um ano para começar os exames.
Ambos parceiros terão, então, de passar por testes de fertilidade.
É importante lembrar que, às vezes, não se encontra nenhuma causa. O médico deve, portanto, tranquilizar o casal e orientar os dois sobre medidas simples, como: adotar uma alimentação saudável ou evitar certas substâncias nocivas como o cigarro ou o álcool.
Há também períodos no ciclo menstrual em que a mulher é mais fértil.
A conversa com o casal permite fazer um panorama da situação.
No caso de azoospermia não genética, na maioria das vezes existem soluções adaptadas.
Não tem jeito posso ler em outros sites, mas sempre volto
aqui para confirmar se a informação esta correta. Obrigado
pelas informações.
Falta de espermatozóides
Tenho 37 anos e ainda não tenho filhos e gostaria de ter o que posso fazer?