Problemas sexuais afetam da mesma forma o público feminino e masculino. Mas, infelizmente, os tratamentos hoje em dia são mais focados nos homens. Ainda assim, muitos se perguntam: existe um Viagra para mulheres?
Os profissionais da saúde reconhecem e consideram eficaz esse suposto “viagra feminino”? E em quais países é possível comprar?
O Viagra surgiu por volta de 1998 e, nos anos seguintes, outros medicamentos surgiram no mercado para tratar disfunções sexuais masculinas, como o Cialis e o Levitra principalmente.
Foi só em 2015 que o primeiro princípio ativo comercializado e oficialmente aprovado pelos médicos apareceu como indicado para casos de diminuição do desejo sexual feminino (em mulheres que não estão na menopausa).
A substância se chama Flibanserina, mas somente os Estados Unidos aprovaram a droga.
Quais são os seus resultados? Funciona? Por que outros lugares fora dos EUA não comercializam o medicamento?
Flibanserina, o “viagra para mulheres” é eficaz?
Como muitos passaram a chamar a substância de “viagra feminino”, esperava-se que a Flibanserina tivesse os mesmos efeitos do Viagra original, ou seja, que desse maior acesso a tratamentos de problemas sexuais femininos e trouxesse excelentes resultados para a sexualidade das mulheres.
Mas, infelizmente, os resultados foram bastante decepcionantes.
É importante notar primeiramente que, apesar das comparações, o medicamento possui um funcionamento bem diferente do Viagra. O Viagra é um facilitador da ereção, ou seja, não atua sobre o desejo sexual. Já a Flibanserina é utilizada justamente para ativar o desejo sexual em pessoas que tiveram queda da libido.
“Viagra feminino”: posologia e efeitos colaterais
A Flibanserina pertence à classe de medicamentos mundialmente conhecida como antidepressivos.
Deve-se tomar o produto todos os dias. Ele traz diversos efeitos colaterais incômodos, por exemplo: náuseas, fadiga, sangramento fora do período menstrual…
O Viagra original é bem eficaz para 70% dos homens, enquanto a Flibanserina possui efeitos muito mais discretos e é, talvez, minimamente eficaz. Nos estudos realizados e nas comparações com placebo, o uso diário da Flibanserina aumentou, na média, apenas 1 relação sexual satisfatória por mês… e em alguns estudos esse número foi inferior a 1.
Os EUA comercializam a Flibanserina pelo nome de Addyi. No entanto, há poucas chances das farmácias brasileiras começarem a vender legalmente a substância. Isso porque seus resultados são contraditórios.
Viagra para mulheres: existe outra substância?
Recentemente, os Estados Unidos aprovaram outro princípio ativo para tratar a libido feminina: a bremelanotide.
A desvantagem dessa substância é que ela também tem efeitos colaterais e com relativa eficácia. Nos estudos, aproximadamente 40% das mulheres que utilizaram a droga apresentaram náuseas – um efeito colateral extremamente indesejado para quem pretende ter uma relação sexual. Além disso, aplica-se a injeção mais ou menos 45 minutos antes do efeito desejado.
Viagra feminino: conclusões
As duas substâncias que citamos só são comercializadas nos Estados Unidos, em função de seus resultados inconclusivos.
No momento, no Brasil, os tratamentos para a libido feminina baseiam-se em terapias psicológicas e comportamentais, enfatizando cuidados à saúde, bem-estar, autoestima e qualidade de vida. Além disso, utiliza-se também de fitoterápicos, feitos com plantas geralmente não prejudiciais à saúde, mas com efeitos também incertos sobre a libido.
Enquanto isso, só podemos esperar que as pesquisas avancem nos próximos anos e se voltem um pouco mais para a saúde sexual feminina. Assim, encontraremos tratamentos eficazes para as mulheres que precisam deles.
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Fontes
- Marcelle Schimitt, Departamento de Antropologia Social da Ufrgs. As Disfunções Sexuais Femininas e a Flibanserina: Atores, Estratégias e Investimentos.
- Revista Virtual de Química v. 8, n. 3 (2016), José C. Barros, Bruno A. Cotrim. Desenvolvimento e Sínteses da Flibanserina (Addyi®) – o “Viagra feminino”.
- Revista Brasileira de Sexualidade Humana v. 22 n. 2 (2011), Jorge José Serapião. É possível medicar? Quais disfunções?