Síndrome da dor pélvica crônica: sintomas, causas e tratamento

cintura de um homem, indicando o local comum da síndrome da dor pélvica crônica
BLOG OMENS / Sexualidade
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Escrito por

Seth Zanette

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

23 de outubro 2022

A Síndrome da dor pélvica crônica masculina é uma condição que tem um impacto negativo sobre a rotina e a qualidade de vida de muitos homens. O tratamento é essencial para que a dor não atrapalhe a vida quotidiana.

No artigo de hoje, a Omens responde às principais perguntas sobre a síndrome da dor pélvica: quais os sintomas? Quais as principais causas? Venha descobrir com a gente:

O que é a dor pélvica no homem?


A síndrome da dor pélvica crônica no homem ou prostatodinia se caracteriza pela dor, desconforto ou pressão na região pélvica. A dor pélvica no homem acontece na região da pelve, períneo e nos órgãos genitais.

Para que essa dor seja considerada uma síndrome da dor pélvica crônica no homem ela precisa acontecer a mais de três meses. Além disso, ela não pode ter relação com infecções ou outras condições que afetem a próstata

A síndrome da dor pélvica é comum?

A síndrome da dor pélvica pode atingir homens de qualquer idade, sendo frequente em homens jovens ou de meia idade. Assim, se considerarmos diagnósticos clínicos, os números apontam que 0,5% dos homens possui essa condição. 

No entanto, é interessante observarmos que até 6,3% dos homens possui os sintomas da dor pélvica crônica – um número bem maior do que a população masculina diagnosticada. Portanto, ao notar os sintomas da síndrome da dor pélvica crônica, não suporte essa condição em silêncio, procure sempre um médico urologista e marque uma consulta.

Entendendo melhor a dor pélvica crônica masculina [Omenscast #44]

No nosso 44º episódio do Omenscast, o médico urologista João Brunhara vai explicar tudo sobre a síndrome da dor pélvica crônica em homens, seus principais tratamentos e como identificar corretamente os sintomas. A transcrição do áudio você poderá encontrar aqui.

Sintomas


Os principais sintomas da dor pélvica crônica são:

  • dor no períneo, região suprapúbica, pênis, testículos;
  • dor ao ejacular;
  • fluxo lento ou intermitente de urina;
  • fadiga;
  • dor ao urinar;
  • mal estar.

Os sintomas da síndrome da dor pélvica são comuns em outros tipos de doenças que afligem a próstata, por isso, se experimentar algum dos sintomas aqui descritos, é importante procurar um médico. Junto do profissional, outras condições e infecções serão descartadas antes do diagnóstico da síndrome da dor pélvica ser feito. 

Além disso, para o diagnóstico da síndrome, esses sintomas precisam estar presentes de 3 a 6 meses

Os sintomas podem ser controlados?

Todo o tratamento da síndrome da dor pélvica crônica masculina visa exatamente controlar os sintomas e acabar com a dor, pois a condição em si não tem cura definitiva. Mas, através das terapias disponíveis, é possível controlar a dor, reduzir o impacto na vida diária do paciente e restaurar atividades sexuais normais.

Para isso, é necessário procurar um profissional da saúde que realize todos os exames necessários. Afinal, como já mencionamos, é preciso descartar outras condições antes.

Causas da síndrome da dor pélvica crônica


E quais seriam as causas da síndrome da dor pélvica crônica no homem? Bem, não existe apenas um fator que provoque essa condição. Essa síndrome pode ser desenvolvida por uma série de razões externas ou até mesmo por questões genéticas.

Os fatores que mais comumente podem levar à síndrome da dor pélvica são, por exemplo:

  • doenças sexualmente transmissíveis;
  • microrganismos não cultiváveis; 
  • vírus;
  • trauma na região anal;
  • regulação neurológica positiva;
  • inflamação não relacionada com infecção (autoimune);
  • disfunção do pavimento pélvico / espasmo muscular;
  • genética;
  • anatomia suscetível a dor pélvica.

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Diagnóstico da síndrome da dor pélvica: como é feito?


O diagnóstico da síndrome da dor pélvica crônica no homem precisa ser realizado por um profissional médico urologista. Na consulta, os sintomas e histórico clínico do paciente serão examinados.

Além disso, podem ser feitos exames de urina, coleta de material da próstata, exame de toque e outros exames necessários. Conforme já dissemos, o diagnóstico da síndrome é feito depois de descartadas todas as outras condições que possam estar provocando a dor pélvica crônica.

Por que é tão difícil fazer o diagnóstico?

Exatamente por ser necessário descartar outras doenças que provocam o mesmo sintoma.

Aliás, algumas dessas doenças exigem tratamento com antibióticos durante bastante tempo. Além disso, para real diagnóstico dessa condição, são necessários de 3 a 6 meses com os sintomas, sem outros agentes que provoquem a dor. Dessa forma, o diagnóstico não é fácil e pode demorar algum tempo. 

Tratamento para a dor pélvica crônica


O tratamento para a síndrome da dor pélvica crônica consiste em um conjunto de práticas para aliviar e controlar a dor, bem como possíveis inflamações na próstata que não tenham a ver com infecções. Problemas na parte sexual também precisam ser levados em conta e tratadas adequadamente. Cada paciente pode ter níveis de sintomas diferentes e pode responder bem a diferentes tratamentos.

Com relação a terapias, utilizam-se exercícios de baixo impacto como caminhada, natação, alongamento e yoga, além de dietas que restrinjam certos alimentos inflamatórios. Por fim, fisioterapia e termoterapia localizada também são altamente recomendados.

Já no que tange terapias medicamentosas, o tratamento pode começar com antibióticos, bloqueadores antiadrenérgicos, anti-inflamatórios, relaxantes musculares e, em alguns casos, medicações de efeito no sistema nervoso central.

Cuidados rotineiros para evitar a dor


Além de medicação e tratamento com fisioterapia, é necessário tomar certos cuidados para não desencadear inflamações na próstata ou dor; por exemplo: recomenda-se evitar práticas de esporte que provoquem impacto na região da pélvis, além de evitar comidas apimentadas e refrigerantes. 

É possível prevenir a síndrome da dor pélvica crônica?


Visto que os fatores que causam a síndrome da dor pélvica crônica não são 100% determinados, é difícil dizer que existe uma forma de prevenção. O ideal é evitar que alguns fatores que podem provocar essa condição aconteçam, por exemplo:

  • evitar traumas na região da próstata e pélvica;
  • proteger-se contra infecções sexualmente transmissíveis;
  • proteger-se contra infecções do trato urinário.

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Conclusão


A síndrome da dor pélvica crônica masculina não precisa atrapalhar a qualidade da sua vida e da sua saúde sexual. Pode-se conviver com a síndrome e levar uma vida plena. Portanto, não aguente dores no dia a dia e durante as relações sexuais. É importante procurar o tratamento o quanto antes para que a síndrome seja controlada.

A Omens pode te ajudar nessa: os médicos urologistas parceiros da plataforma estão à sua disposição. Com uma consulta online você pode voltar a ter uma vida saudável. Entre já em contato e marque uma consulta.


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7 comentário(s) sobre “Síndrome da dor pélvica crônica: sintomas, causas e tratamento

  1. Edson says:

    Obrigado pelas dicas Adriano. Realmente faz todo sentido. Tenho 39 anos e de 2022 até hoje 7 de outubro de 2023 eu trabalho todo tempo sentado no computador e andei um pouco estressado esses dois anos. desleixei um pouco das atividades físicas que eu sempre fiz natação, corrida, musculação agora que estou voltando. Minha vida sexual foi reduzida com minha esposa devido esses estresse, tem vez de ficar mais de 1 mês sem relação. E de uns meses pra cá se eu ficar com pênis ereto muito tempo sem ejacular eu tenho sentido uma dor como se fosse uma íngua que vai da virilha, região pélvica e vai até os testículos. E se ejacular tbm na hora e depois fica dolorido. Vou fazer tudo isso que você falou mudar o setor de trabalho, continuar meus exercícios físicos que já retornei e voltar o sexo pelo menos duas vezes por semana .

  2. Adriano says:

    Prezados,
    Eu tomava remédio para colesterol de nome PITAVASTATINA CÁLCICA, parei de tomar o remédio por conta própria e minhas dores pélvicas foram embora.
    Certamente eram dores fortes, tão fortes que até pensei em suícidio e a cura foi parar de tomar a PITAVASTINA CÁLCICA, eu me contorcia de dor e tomava analgésicos a toa, sentia fortes dores entre o anus e os testiculos.
    Parei de tomar PITAVASTINA CÁLCICA, por conta própria e minhas dores pélvicas foram embora.
    Foi um grande alivio.

  3. Cleber szambelan says:

    A 4 anos estou sofrendo desses sintomas no começo era horrível parecia que ia ejacular ácido, começou com fisgadas no pênis, já fiz todos os tipos de exames. Nada de resolver

  4. Fabio says:

    A grande maioria dos Urologistas não sabe fazer o diagnóstico desta síndrome.
    Passei por vários até conseguir o diagnóstico.

  5. Adriano Lima Carvalho says:

    Tenho 57 anos e desde 2021 sentia fortes dores entre o anus e os testiculos. Fui no urologista, fiz ultrassonografia do abdomem, inclusive da prostata, meu PSA deu abaixo de 1,0. Apesar da prostata estar com 51 gramas, pois o normal seria 20 gramas, o urologista afirmou que as dores nao era provocada pela próstata. Então, comecei a achar que era hemorroidas e comprei supositorios e pomadas para aliviar a dor, cheguei a tomar venaflon e ibuprofeno; e não suportando mais, em 13/02/2023 fui no proctologista, que também nao achou sinais de hemorróidas e disse-me para parar de tomar o ibuprofeno e continuar com o venaflon e passou-me 2 exames. Então, de lá para cá, comecei a pesquisar e concomitantemente, comecei a fazer diversos exercicios fisicos localizados para a regiao da pelvis, pilates, zumba, cross fit e musculação; Então, as dores diminuiram e eu mesmo suspendi os remedios que estava tomando. Depois descobri, cheguei a conclusão, que devido as dores, eu tinha perdido o apetite sexual há meses. Então, hoje, dia 21/02/2023, me masturbei 2 X e as dores foram embora. Vou continuar fazendo alguns exames de manometria anal e colonoscopia do intestino para excluir todas as possibilidades. Acredito que as dores tinham componente de tensão, stress e somatização. Realmente, era uma coisa horrivel, eu me contorcia de dor e tomava analgésicos a toa. Infelizmente ou felizmente, nenhum médico deu o diagnostico até hoje, eu mesmo fiz o diagnostico e vou continuar indo nos médicos para ver se encontram algo, mas sei que não vao encontrar nada. Vou ficar calado e nao vou dar o diagnóstico que descobri para eles, para ver ate onde eles vão.
    Acredito, que os exercicios fisicos de pilates, dança e os exercicios fisicos especificos para a pelvis, juntamente com uma vida sexual ativa é a cura.
    Os anos de 2020 e 2021, fiquei muito tempo sentado e passei por muito stress, separei da esposa e tudo isso acabou comigo. Foram os piores anos da minha vida, então é bom evitar ficar muito tempo sentado no trabalho e tocar o foda-se para o stress.
    Relaxar, fazer amigos, ver a vida com uma nova perspectiva e trabalhar num local de trabalho que te agrade, e de fato, tambem mudei de trabalho.
    Entendo que tudo isso que escrevi aqui é muito importante, porque vai salvar vidas, vai ser o remédio que eu queria ter encontrado na minha longa agonia de dores horriveis nos anos de 2021 a janeiro/2023. Acabou brother, faça o que estou fazendo, não vou parar nunca mais…exercicios fisicos diariamente, quanto mais…melhor e vida sexual ativa.

  6. Adriano lima Carvalho says:

    Tenho 57 anos e desde 2021 sentia fortes dores entre o anus e os testiculos. Fui no urologista, fiz ultrassonografia do abdomem, inclusive da prostata, meu PSA deu abaixo de 1,0. Apesar da prostata estar com 51 gramas, pois o normal seria 20 gramas, o urologista afirmou que as dores nao era provocada pela próstata. Fui no proctologista, que também nao achou sinais de hemorróidas. Então, comecei a pesquisar e concomitantemente, comecei a fazer diversos exercicios fisicos localizados para a regiao da pelvis, pilates, zumba, cross fit e musculação; Depois descobri que devido as dores, eu tinha perdido o apetite sexual. Então um belo dia me masturbei 2 X e as dores foram embora. Vou continuar fazendo alguns exames de manometria anal e colonoscopia do intestino para excluir todas as possibilidades. Acredito que as dores tinham componente de tensão, stress e somatização. Realmente, era uma coisa horrivel, eu me contorcia de dor e tomava analgésicos a toa. Infelizmente ou felizmente, nenhum médico deu o diagnostico até hoje, eu mesmo fiz o diagnostico e vou continuar indo nos médicos para ver se encontram algo, mas sei que não vao encontrar nada. Vou ficar calado e nao vou dar o diagnóstico que descobri para eles, para ver ate onde eles vão.

  7. Matheus says:

    Tenho 24 anos e desde bem novo sempre senti muita dor minutos após ejacular, meu penis fica dolorido por umas 18h. Ainda estou em busca de diagnóstico, não sinto ardência ao urinar nem ejacular, porém sinto dor muscular no penis logo depois, sempre me atrapalhou muito, nunca consegui encontrar caso similar ao meu na internet.

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