Manual de tratamentos para disfunção erétil: orais, injetáveis e fisioterapêuticos

ponte retrátil erigida, lembrando uma ereção
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Escrito por

Caio Vega

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

4 de dezembro 2022

A disfunção erétil é um grande problema para a saúde sexual dos homens. Em diversos países, estudos mostraram que aproximadamente 50% dos homens acima de 50 anos têm problemas de ereção, mas recentemente, entre os jovens, a falta de confiança na ereção já chega a acometer entre 20 e 30%. Além disso, existe uma associação significativa entre a frequência e o grau de disfunção erétil e doenças como diabetes, doença arterial periférica, hipertensão arterial e colesterol alto. Por isso, é muito importante que se considere as expectativas, as causas e as preferências do paciente no momento de diagnosticar e escolher os tratamentos para a disfunção erétil.

Disfunção erétil tem tratamento!


O primeiro passo é superar a barreira psicológica e afastar a ideia de que uma dificuldade de ereção seja algo vergonhoso, que diminui a masculinidade ou que isso só acontece com você – porque a verdade é que acontece com muitos! Aliás, qualquer que seja a causa, a comunicação com a parceira ou parceiro também é essencial.

O médico, então, procurará encontrar a causa da disfunção erétil para tratá-la adequadamente. Os fatores podem ser muitos e variados, assim como os tratamentos.

O tratamento da disfunção erétil pode ser abordado de diferentes maneiras: com medicamentos, com acessórios (como a bomba a vácuo), com treinamentos físicos, com terapia psicológica ou, por fim, com próteses implantadas cirurgicamente.

Existem atualmente pelo menos quatro remédios que, quando tomados antes do ato sexual, podem proporcionar uma ereção prolongada e mais forte. Em termos gerais, as diferenças entre um e outro residem no momento de tomar o medicamento e na rapidez com que ele funciona. Mas, em qualquer caso, cabe ao especialista junto do paciente decidir qual remédio é o mais apropriado. Quando a causa da disfunção é psicológica, a terapia psicológica pode ajudar bastante.

Além desses tratamentos, hábitos de vida saudável (por exemplo: perda de peso, exercício físico e evitar álcool, tabaco e drogas) demonstraram melhorar as ereções. Também é importante seguir as recomendações de seu médico para manter sob controle a pressão alta, o diabetes e os níveis de colesterol no sangue.

Lembre-se que por trás da disfunção erétil pode haver doenças ocultas. Mas o importante é que, havendo ou não, a disfunção erétil tem tratamento. A sexualidade faz parte da vida dos indivíduos, portanto você não tem que desistir de viver a sua.

Tratamentos para disfunção erétil

Assim, é responsabilidade do médico especialista explicar as diferentes opções de tratamentos visando a satisfação do paciente. Normalmente se adota uma estratégia por etapas, partindo da menos para a mais agressiva e sempre se baseando em critérios de eficácia e segurança.

Podemos dividir as diferentes opções de tratamento médico em:

  • 1ª linha de tratamento para disfunção erétil: remédios orais, para casos leves em que o homem “brocha” ocasionalmente;
  • 2ª linha de tratamento: injeções intracavernosas ou creme de alprostadil (intrauretral);
  • 3ª linha de tratamento: implantação de prótese peniana.

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Tratamentos orais


Os inibidores da PDE-5 são potencializadores de ereção, ou seja, são um tipo de medicação que requer estimulação sexual adequada. A pessoa que toma o remédio (assim levando à liberação de óxido nítrico) e se sente excitada sexualmente consegue uma ereção com mais facilidade.

Existem atualmente quatro inibidores da PDE-5: sildenafil, tadalafil, vardenafil e avanafil. Todos os quatro são potentes e eficazes.

  • sildenafil (viagra), vardenafil (levitra) e avanafil (stendra): elas são de ação rápida, fazendo efeito após 30-60 minutos; são usados como tratamento “sob demanda”, isto é, você toma quando planeja ter relações sexuais; ingerir grandes refeições ou beber álcool reduz a eficácia dessas substâncias.
  • o tadalafil (cialis) tem uma ação mais lenta e prolongada (dura até 48 horas), podendo ser tomado “sob demanda” (doses de 10 e 20 mg) ou diariamente (5 mg); dessa segunda forma, permite-se uma relação sexual espontânea sempre que o paciente e a parceira ou parceiro desejar.

As contraindicações para esses medicamentos são: uso concomitante de nitratos, casos de isquemia cardíaca instável ou insuficiência hepática grave.

Tratamento injetável, tópico ou intrauretral


Vamos às três opções de uso do alprostadil, começando pelo método de aplicação mais simples e finalizando com o mais complexo:

Em primeiro lugar, temos o creme de alprostadil, ou seja, para uso tópico, que acompanha uma substância que melhora a absorção. O creme é aplicado diretamente no pênis, mais especificamente na glande, e começa a agir rapidamente (após 15 minutos aproximadamente).

A partir da glande, o alprostadil se difunde para os corpos cavernosos do pênis, onde ocorre a ereção. Em alguns casos, o produto pode provocar desconforto no membro, mas não produz efeitos colaterais no geral.

Além disso, há o alprostadil intrauretral, que consiste em microinserções da substância dentro da uretra com a ajuda de uma caneta aplicadora. Em seguida, é necessário massagear o pênis para que o produto passe do corpo esponjoso para os corpos cavernosos, onde irá desencadear uma ereção.

O problema desse método é que a passagem do corpo esponjoso para os corpos cavernosos é muito limitada, podendo causar incômodo e ardência na uretra, embora não produza nenhum efeito a nível sistêmico.

Diabetes e impotência após cirurgia da próstata

Em terceiro lugar, ainda falando do alprostadil, temos a injeção intracavernosa. Nesse caso, é necessário um treinamento para ensinar ao paciente como injetar corretamente o medicamento nos corpos cavernosos do pênis. Alprostadil atua diretamente no monofosfato cíclico de adenosina, impulsionando a ereção.

Após a injeção, o pênis fica ereto dentro de 5 a 10 minutos. A qualidade e a duração da ereção dependem da dose injetada.

Em pacientes com disfunção erétil causada por uma prostatectomia radical e em diabéticos com a doença avançada, a eficácia dos medicamentos orais é muito limitada. Nesses casos, em que o problema é que a ereção não é despertada, o alprostadil oferece 93% de bons resultados e 86% de satisfação do paciente.

Por fim, se todas as opções acima não apresentaram resultado, ainda há a possibilidade de implante de próteses penianas. O Dr. João Brunhara abordou com detalhes esse tipo de tratamento aqui no mini podcast da Omens.

Tratamentos fisioterapêuticos: uma opção gratuita?


Também existem treinamentos físicos e terapias para disfunção erétil, que consistem em aprimorar os nervos responsáveis pela ereção, o tônus dos músculos perineais envolvidos na manutenção da ereção e a vascularização na pélvis e no períneo. Além disso, é possível tratar a fibrose nos corpos cavernosos secundária a traumas e cirurgias.

Foi comprovado que a reeducação do assoalho pélvico, ou seja, a capacidade de localizar os músculos dessa região, contraí-los e fortalecê-los corretamente (mesmo antes da prostatectomia) acelera a recuperação da continência urinária e o controle dos esfíncteres.

Quanto mais cedo o paciente iniciar esses treinamentos, maiores as chances de recuperação total da qualidade de vida, pois o fortalecimento desses músculos não só garante um maior controle dos esfíncteres, mas também acelera a recuperação da função erétil e a intensidade dos orgasmos.

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2 comentário(s) sobre “Manual de tratamentos para disfunção erétil: orais, injetáveis e fisioterapêuticos

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