Tudo sobre o desejo sexual

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BLOG OMENS / Sexualidade
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Escrito por

Seth Zanette

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

5 de dezembro 2022

Desejo sexual é algo gerado pela nossa mente ou pelo nosso corpo? Como despertar o desejo sexual de alguém ou como controlar o nosso? Enfim, a verdade é que as relações humanas são complexas e cheias de fatores psicológicos, culturais e fisiológicos.

Por isso, hoje a Omens te apresenta um guia do que acontece quando o desejo sexual nasce, como aumentá-lo ou diminuí-lo e como é importante entender o desejo do outro. Vem com a gente nessa?

Desejo sexual: definições


Antes de qualquer coisa, que tal começarmos com algumas definições sobre o desejo sexual? Afinal, o que é a libido?

Muitas pessoas não sabem ao certo do que se trata de fato. É atração? Seria instinto reprodutivo?

O desejo como comportamento sexual humano atua como a motivação para o sexo, ou seja, ele nada mais é do que um meio para chegar aos fins. É claro que uma definição assim tão simples pode levar a equívocos. É por isso que hoje se busca entender o desejo sexual de forma mais ampla. 

Podemos definir desejo sexual ou libido como pensamentos sexuais, fantasias ou impulso sexual. E junto dessa definição podemos dizer que ele envolve não apenas a vontade de fazer sexo, mas também questões culturais, questões de gênero, de comunicação, de afetividade (e também da não-afetividade), questões religiosas e muitos outros pontos essenciais. 

Enfim, fato é que desejo sexual é muito mais do que o nosso cérebro apenas “querendo fazer sexo” por fazê-lo, e é isso que vamos entender melhor nos tópicos abaixo:

Como o desejo sexual age no corpo?


O que acontece no corpo quando sentimos desejo sexual? Aposto que você já se perguntou isso. Então, felizmente esse é um assunto com algumas pesquisas interessantes e reveladoras. Segundo resultados desses estudos sobre o desejo sexual humano (as referências usadas estão no final do artigo), o ciclo da resposta sexual humana tem 4 fases:

  • Desejo/excitação
  • Prazer
  • Orgasmo
  • Resolução (do desejo)

Homens e mulheres possuem essas 4 fases. Porém, nas mulheres deste estudo, elas costumam variar de tempo e até mesmo se repetirem, não apenas seguindo uma linha cronológica.

Na primeira fase, a que nos interessa nesse artigo, foram registrados modificações fisiológicas  nas regiões do Sistema Nervoso Central. Neurotransmissores como a serotonina, dopamina, melanocortina, norepinefrina, ocitocina e endocanabinóides entram em ação.

O sistema nervoso começa a conversar com o sistema endócrino, assim hormônios importantes para a ativação desses neurotransmissores são liberados. Depois disso, ainda durante a excitação, entram o retesamento de alguns músculos e o vasocongestionamento que atingem as partes genitais. 

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Como a cultura afeta o desejo sexual?


Se, por um lado existe toda uma resposta fisiológica e ligada principalmente ao sistema nervoso, existe um viés cultural importante quando falamos em desejo sexual. 

Afinal, o que estimula o cérebro a ter essa resposta sexual a determinadas coisas? Por que certos tipos de pessoas nos atraem e outras não? O tabu sobre o sexo pode afetar o desejo sexual das pessoas? 

Todas essas questões vêm de um ponto de vista mais cultural. Aqui entram pontos como a moral e as imposições sociais. Por exemplo:

  • em alguns lugares do mundo, uma certa parte do corpo pode ser mais provocativa do que outra;
  • em épocas diferentes, a mulher não podia ter desejo sexual;
  • hoje, todos são obrigados pela sociedade a experienciar desejo, do contrário são considerados defeituosos;
  • em certos países não se fala sobre sexo abertamente, já em outros essa é uma conversa comum (e vista como necessária)…

Portanto, todos esses pontos alteram a forma como nós, humanos, experienciamos o desejo e como ele surge para a maioria em uma comunidade.

Desejo sexual para homens e mulheres é diferente


Além disso, o desejo sexual é também uma questão de gênero. 

socialização feminina leva em conta a repressão sexual desde muito tempo e, em muitos lugares, essa repressão continua valendo. A ideia de que a mulher precisa se manter virgem para o casamento, por exemplo, impacta claramente no desejo e expressão sexual dessa mulher. Mais do que isso, aliás, impacta na construção desse desejo para toda uma comunidade.

Da mesma forma, a socialização masculina também se torna nociva. Nela, existe uma hipersexualidade, a necessidade da força e até mesmo da violência. A repressão de sentimentos pode causar sérios impactos no psicológico e mental, até mesmo levando a algumas disfunções sexuais.

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Desejo sexual ou libido


Libido (ou desejo sexual) são os pensamentos sexuais, as fantasias que surgem com menos ou mais intensidade: a intenção sexual. Essa intenção sexual pode ter várias origens e pode ter correlações fisiológicas, psicológicas e envolver tantas outras questões, como vimos anteriormente.

Mas e quando falta libido ou quando ele está em excesso? O que pode provocar isso? Quando sei que esse desejo está muito ou pouco? É difícil determinar esse tipo de coisa, exatamente porque o desejo sexual perpassa por pontos muito subjetivos.

Então, vamos entender melhor nos tópicos abaixo:

Falta de desejo sexual

A falta de desejo sexual é sinônimo de transtorno sexual? Quando é que a falta de desejo pode ser considerada um problema?

Como mencionamos anteriormente, durante muito tempo a falta de desejo sexual para as mulheres não era considerada anormal, mas a regra a ser seguida. O fato é que, com o passar do tempo, essa ideia de que mulheres não deveriam sentir desejo mudou.

Certamente a falta de desejo acomete tanto homens quanto mulheres, inclusive durante uma pesquisa se revelou que a taxa de homens e mulheres que procuram terapeutas sexuais com queixas de falta de desejo está em 50% para ambos. O que acontece é que, no caso dos homens, o que se nota é que existe uma procura somente quando a falta de desejo afeta a ereção.

No entanto, é importante destacar que o desejo sexual é algo subjetivo, formado de muitos aspectos diferentes. Apenas falamos de transtorno sexual ou da falta de desejo como um distúrbio quando essa falta afeta a vida saudável e o bem estar do paciente.

Desejo sexual em excesso

Da mesma forma que, quando falamos em falta de desejo como problema quando a vida saudável e o bem estar do paciente são afetados, o mesmo acontece com o desejo sexual em excesso. Muitas vezes fazer esse diagnóstico se torna difícil, exatamente porque esse tipo de questão também passa pelo crivo social.

Fazer o diagnóstico de desejo sexual em excesso para homens é muito mais difícil, justamente porque a sociedade entende que é normal para quem é homem ter uma vida sexual muito mais ativa do que para quem é mulher.

Segundo estudos, uma forma de entender que o desejo sexual está passando dos limites é a impulsividade e falta de análise de consequências ligado ao desejo da ação. Ou seja, o limite do que é normal para o que se torna um distúrbio é não entender os riscos para si e para o outro que aquela ação provoca. Mais uma vez, quando a atividade sexual provoca sofrimento mental ou situações perigosas, algo não está correto.

O que desperta o desejo sexual?


Não existe uma receita pronta para atrair olhares na rua. O desejo sexual é despertado pelas mais diversas características em nós e no outro. Além disso, temos todo o background que falamos nos tópicos anteriores.

A memória é parte importante. Basta acessar uma lembrança associada ao prazer que começamos o processo de desejo sexual. Qual será essa memória só depende do que associamos ao prazer.

Todo mundo sente desejo da mesma forma?

Não, nem todo mundo experimenta o desejo sexual do mesmo jeito, nem de forma fisiológica, nem psicológica ou cultural. Existe uma interessante pesquisa realizada por Meredith Chivers que mostra que pessoas de diferentes gêneros e sexualidades foram expostos a vídeos e tiveram seus níveis de excitação e desejo monitorados. Os resultados são ainda mais interessantes:

A pesquisa de Meredith Chivers

Os homens heterossexuais se sentiram fisicamente atraídos por sexo entre duas mulheres, masturbação feminina e sexo entre mulher e homem. Quando vemos o resultado das mulheres heterossexuais, o mesmo aconteceu no sexo entre duas mulheres, sexo entre mulher e homem e sexo entre dois homens. 

Até aí, nada novo sob o sol. 

Porém é interessante perceber que nas mulheres da pesquisa, dois bonobos fazendo sexo despertaram mais reações do que um homem se exercitando nu. As mulheres na pesquisa, quando perguntadas a respeito, relataram não sentirem nenhum tipo de excitação.

Muitas vezes não entendemos o nosso desejo, nem o que exatamente o desperta. Essa pesquisa mostra exatamente o quão pouco autoconhecimento temos sobre nós mesmos.

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O que fazer para sentir MAIS desejo sexual?


Bem, durante todo esse texto exploramos os diferentes pontos que envolvem o desejo sexual. Entendemos também que existem sim partes fisiológicas que interagem no corpo durante a excitação. Durante essa interação, alguns sistemas neuroquímicos são ativados. Dentre eles podemos citar:

  • a dopamina, 
  • a noradrenalina, 
  • a melanocortina, 
  • a ocitocina.

Tendo isso em mente, é possível estimular esses sistemas neuroquímicos para aumentar a libido. 

Como aumentar o desejo sexual: homens

Em primeiro lugar, é preciso manter uma vida saudável, com boa alimentação e a prática de esportes. Como falamos anteriormente, o que queremos é estimular os sistemas neuroquímicos ligados a libido. A prática de esportes além de melhorar seu condicionamento físico e autoestima também libera importantes hormônios que ajudam a produzir dopamina. 

Além disso, sabemos que questões psicológicas e de saúde mental podem e vão afetar o desejo sexual. Resolver problemas de relacionamento e até mesmo problemas consigo mesmo podem ajudar e muito a aumentar a libido.

Como aumentar o desejo sexual: mulheres

No caso do corpo feminino, as coisas podem variar de acordo com o período de ovulação. Algumas mulheres relatam sentir mais ou menos desejo dependendo do ciclo menstrual. Vale a pena observar quando, no mês, existe falta de desejo ou aumento do mesmo.

As recomendações de uma vida saudável e ativa continuam para as mulheres também, mas acrescentamos a necessidade de explorar a própria sexualidade. Para isso, não é necessário contar exclusivamente com o parceiro.

Remédio para aumentar a vontade de ter relações sexuais

A falta de desejo se torna um distúrbio sexual quando afeta negativamente a vida da pessoa. Nesse caso, ele se torna o transtorno do desejo sexual hipoativo. Esse tipo de transtorno é um diagnóstico comum para mulheres, mas também acontece em homens. 

Em 2019, surge um remédio para aumentar o desejo sexual indicado para o público feminino e aprovado nos Estados Unidos que prometia ser o novo “viagra feminino”. O problema é que os resultados apresentados não são muito significativos. Além disso, não há aumento no prazer da relação sexual, apenas no desejo. Esse remédio afeta os receptores de melanocortina. 

Para os homens, fala-se muito no uso do viagra para que o desejo e a excitação aumentem, mas o medicamento não funciona dessa forma. Viagra e similares apenas potencializam a ereção, quando a excitação sexual já está presente.

Há também tratamentos com testosterona, mas em casos em que o déficit hormonal for comprovado. Para isso, é necessário passar por um médico.

Em ambos os casos, fica claro a necessidade de uma abordagem profissional ampla. Não apenas envolvendo medicamentos, mas também tratamento psicológico, avaliação hormonal e uma melhor qualidade de vida.

O outro lado: como DIMINUIR o desejo sexual?


Também existe o outro lado da moeda: e se precisarmos diminuir o desejo sexual de forma saudável? O impulso sexual excessivo é o nome desse tipo de distúrbio sexual. Se você acredita ter esse tipo de distúrbio, o ideal é procurar um profissional para tratar o problema corretamente.

Existem também certos medicamentos que diminuem a libido: anti-histamínicos, antidepressivos e anticoncepcionais, analgésicos opioides são os mais conhecidos. São remédios que acabam afetando a produção hormonal e alterando o humor. É claro que para conseguir esses medicamentos, você precisa passar por um profissional que vai estudar o seu caso e abordá-lo de uma maneira mais ampla. 

A conclusão é a mesma que nos distúrbios de falta de desejo: apenas tratar o problema com medicamentos pode não ser suficiente. É preciso estudar efeitos psicológicos, hormonais e outros juntamente com um profissional.


Referências

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