Lavar as mãos repetidas vezes em um curto intervalo de tempo, manter os ambientes meticulosamente organizados, preocupar-se com a simetria de objetos, fazer a contagem de tudo ao seu redor. Esses são alguns exemplos dos rituais mais comuns de pessoas com transtorno obsessivo-compulsivo – TOC.
Estima-se que 2% da população brasileira sofra em algum nível com TOC. Desse total, apenas 30% recorre ao tratamento adequado para esse tipo de transtorno de ansiedade.
São várias regras, obrigações, métodos e atos repetitivos que as pessoas com TOC acreditam ter a necessidade de cumprir e, quando não o fazem, se sentem incomodadas, ansiosas e são tomadas por pensamentos desagradáveis.
Para entender mais sobre essa condição, elaboramos aqui um conteúdo que vai explicar tudo o que você precisa saber sobre transtorno obsessivo-compulsivo!
- O que é?
- Quais são os sintomas de TOC?
- Como é feito o diagnóstico?
- É possível curar o TOC sozinho?
- Como tratar?
- 4 dicas para lidar com o TOC
Transtorno obsessivo-compulsivo: o que é TOC?
O transtorno obsessivo-compulsivo, ou simplesmente TOC, é considerado um tipo de ansiedade. Trata-se de uma condição psiquiátrica descrita na versão mais atualizada do Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais – DSM V.
Esse distúrbio mental caracteriza-se principalmente por episódios de “manias” e pela ideia fixa de realizar determinados procedimentos de maneira compulsiva, obsessiva e exageradamente metódica.
Uma pessoa com TOC pode ter um episódio de crise de pânico e ansiedade grave, caso ela não consiga realizar determinada compulsão, como:
- higienizar as mãos repetidas vezes em um espaço curto de tempo;
- corrigir assimetrias no ambiente;
- colocar os objetos em uma posição muito específica;
- realizar contagens diversas;
- etc.
Quem tem esse tipo de transtorno acredita que algo muito ruim pode acontecer caso suas regras rígidas não sejam cumpridas. Saiba mais no vídeo a seguir:
Quais são os sintomas de TOC?
Os principais sintomas do TOC são os chamados rituais compulsivos ou “manias” que tomam muito tempo da pessoa e que a impedem de realizar outras atividades comuns do dia a dia, interferindo na sua rotina de trabalho, lazer, estudos etc.
Costuma-se observar nas pessoas com TOC uma preocupação excessiva com limpeza, organização, simetria, contagem, dificuldade para tomar decisões simples, ansiedade e pensamentos direcionados a doenças, morte e acidentes, caso seus rituais de compulsão não sejam cumpridos.
Como diagnosticar o transtorno obsessivo-compulsivo?
O diagnóstico de transtorno obsessivo-compulsivo é feito por um psiquiatra, psicólogo ou psicanalista, a partir da observação dos sintomas de TOC apresentados pelo paciente e de uma conversa com ele.
Durante a avaliação, o profissional especialista vai tentar investigar as possíveis causas para o comportamento compulsivo do paciente. Elas podem estar relacionadas a fatores genéticos, traumas ou disfunções cerebrais.
Por sinal, o diagnóstico dessa condição costuma ocorrer anos após os primeiros sintomas se manifestarem. Isso porque, a princípio, o TOC é confundido com simples manias que não acarretam prejuízos. Até que o quadro se agrava e o paciente não consegue mais levar uma vida normal sem os seus rituais de obsessão compulsiva.
É possível curar o TOC sozinho?
Infelizmente, não existe cura para o transtorno obsessivo-compulsivo. Na verdade, é feito um tratamento para controlar os sintomas de TOC e evitar que o paciente tenha episódios de obsessão e compulsividade.
Ou seja, se ele interromper o tratamento, pode ser que volte a manifestar episódios de TOC, comprometendo novamente diferentes aspectos da sua vida.
Como é feito o tratamento de TOC?
Geralmente, o tratamento de sintomas de TOC envolve a combinação de medicamentos e psicoterapia.
O médico costuma prescrever antidepressivos e sessões de terapia cognitivo-comportamental com um psiquiatra ou psicólogo especializado em lidar com pacientes que possuem esse distúrbio.
Nessas sessões, o paciente é submetido a situações que costumam lhe causar ansiedade. Tudo é conduzido com total controle pelo profissional.
4 dicas de como lidar com transtorno obsessivo-compulsivo
As pessoas que têm TOC ou que possuem familiares ou amigos que convivem com esse tipo de transtorno de ansiedade podem seguir algumas boas práticas capazes de ajudá-los a lidar melhor com o TOC.
1 – Não adie o tratamento
É comum que portadores de TOC sintam vergonha ou acreditem que esse transtorno não é nada de mais. No entanto, negligenciar o TOC pode ser bastante nocivo para diversos aspectos da vida do paciente e de seus familiares. Portanto, assim que alguns sintomas forem identificados, procure ajuda de um especialista.
2 – Não se automedique
A automedicação deve ser evitada no enfrentamento de distúrbios mentais, inclusive em se tratando de transtorno obsessivo-compulsivo. O fato de determinado medicamento ter sido bom para um amigo não necessariamente significa que será bom para você.
Por isso, é de extrema importância procurar um médico para que ele possa avaliar o seu caso específico e definir uma terapia medicamentosa sob medida para você.
3 – Comunique o seu médico sobre o uso de outros medicamentos
Caso você faça uso controlado de medicamentos para tratar outras questões que vão além do TOC, isso precisa ser comunicado para o seu médico. Dessa forma, ele evita prescrever medicamentos que possam ter alguma interação e causar danos para a sua saúde.
4 – Observe o comportamento das suas crianças
Se na sua família tiver alguma criança, observe se os rituais delas – que costumam ser normais – têm se tornado mais frequentes e intensos.
Caso você suspeite de uma compulsividade, procure um pediatra ou psiquiatra para que seja feita uma avaliação mais minuciosa. Se o diagnóstico for TOC, o tratamento tende a ser mais eficaz se iniciado o quanto antes.
Bom, gostou de saber mais sobre transtorno obsessivo-compulsivo?
Como você pôde conferir, o TOC é mais do que simples “manias” de limpeza e organização. Se você não diagnosticar corretamente e fizer o tratamento adequado, esse transtorno pode gerar muitos danos para a sua qualidade de vida.
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