Por que deveríamos falar mais sobre o câncer de bexiga: sintomas e prevenção

BLOG OMENS / Saúde geral
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Escrito por

Seth Zanette

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

28 de maio 2024

O câncer de bexiga é uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, mas muitas vezes não recebe a atenção devida. No Brasil, são por volta de 10 mil novos casos diagnosticados todos os anos. Muitos não sabem dos sintomas e apenas quando recebem o diagnóstico é que pesquisam sobre o assunto. 

Hoje, a Omens repassa com você algumas informações essenciais sobre o tema. Vamos entender juntos quais os sintomas, quanto tempo de vida, sinais de alerta e como acontece o tratamento para a questão. Vem com a gente aprender mais!

Sintomas


Quando presentes, os sintomas do câncer na bexiga mais comuns incluem:

  • Sangue na urina (hematúria): um dos sintomas mais característicos do câncer de bexiga é a presença de sangue na urina; isso pode ser visível a olho nu ou detectado apenas por exames laboratoriais.
  • Dor ao urinar: Dor ou desconforto durante a micção pode ocorrer, embora seja um sintoma menos comum.
  • Micção frequente e urgente: você pode sentir a necessidade de urinar com mais frequência do que o habitual, muitas vezes com urgência.
  • Não conseguir urinar: apesar da vontade urgente e frequente, a micção é difícil ou não acontece.
  • Dor lombar: alguns pacientes relatam dor na região lombar, especialmente se o câncer estiver avançado.
  • Perda de peso inexplicada: em casos avançados, a perda de peso inexplicada pode ocorrer devido à progressão da doença.

Existem pessoas que não tem sintoma algum. Além disso, vale lembrar que esses sintomas podem ser causados por várias condições, não necessariamente pelo câncer de bexiga. No entanto, é importante procurar um médico se você experimentar algum desses sinais.

Infecção no trato urinário ou câncer de bexiga?

Uma das várias condições que pode gerar confusão por conta dos sintomas é a Infecção no Trato Urinário. Os sintomas do câncer de bexiga, como sangue na urina e dor ao urinar, podem ser semelhantes aos de infecções do trato urinário (ITU). Portanto, muitas vezes, as pessoas podem ignorar esses sintomas pensando que estão sofrendo de uma condição, quando na realidade tem a outra. É crucial que um profissional de saúde avalie os sintomas para determinar a causa e excluir a possibilidade de câncer de bexiga.

células cancerígenas detectadas nos exames de urina

Diagnóstico


O diagnóstico precoce da doença é essencial para aumentar as chances de sobrevivência e cura. Para isso, assim que os sintomas clínicos aparecerem, podem ser realizados vários exames para determinar se o paciente tem ou não o câncer.

Os exames usuais para o diagnóstico são o de urina, para detectar a presença de sangue ou células anormais; os exames de imagem, como o ultrassom e a tomografia; a cistoscopia, que permite ao médico examinar diretamente o interior da bexiga com um cistoscópio, um tubo fino e flexível com uma pequena câmera; e, por fim, a biópsia para confirmar o diagnóstico de câncer através da análise das células coletadas.

Tipos de câncer na bexiga

Ao receber o diagnóstico, o paciente saberá o tipo e o estágio do câncer que o afeta. As alterações malignas das células na bexiga podem ser classificadas em vários tipos, dependendo de qual célula foi afetada. 

Os tipos mais comuns incluem:

  • Carcinoma de células de transição: Este é o tipo mais comum de câncer de bexiga e começa nas células que revestem o interior da bexiga.
  • Carcinoma de células escamosas: Este tipo é menos comum e se desenvolve nas células finas e planas que podem se formar na bexiga após irritação crônica.
  • Adenocarcinoma: Esse tipo afeta as células de secreção e se forma após irritação crônica na bexiga.
  • Carcinoma de células pequenas: Esse é um tipo de câncer raro e mais agressivo. Se forma nas células que produzem hormônios na bexiga.

Estágios do câncer na bexiga

Além do tipo, o câncer, o estágio é importante na hora de determinar a melhor forma de tratar a condição. O câncer de bexiga é frequentemente classificado em estágios que indicam a extensão do câncer. Os estágios incluem:

  • Estágio 0 ou A: O câncer está restrito ao revestimento interno superficial da bexiga
  • Estágio 1: O câncer ultrapassou a camada mais superficial do revestimento interno da bexiga, mas não atingiu, mas não atingiu o tecido muscular
  • Estágio 2: O câncer penetrou até a camada muscular da bexiga
  • Estágio 3: O câncer se espalhou para órgãos próximos, como a próstata ou o útero
  • Estágio 4: O câncer se espalhou para órgãos distantes, como os pulmões, fígado ou ossos

Existem outras formas de descrever o câncer na bexiga?

Os estágios podem ter outras divisões mais específicas, seguindo a classificação TNM (Tumor, Nódulo ou Metástase). Nelas, cada letra da sigla recebe uma numeração do estágio avaliando nódulos e tecidos (e como eles foram afetados pelo câncer).

Além dessas classificações por tipo e estágio, o câncer de bexiga também pode ser descrito como “superficial” ou “invasivo”. Os cânceres superficiais estão confinados às camadas mais externas da bexiga, enquanto os invasivos penetraram mais profundamente na parede da bexiga.

Novos estudos sobre o diagnóstico de câncer de bexiga

A pesquisa continua avançando na área do diagnóstico do câncer de bexiga. Novas técnicas de imagem, como a ressonância magnética (RM) e a tomografia por emissão de pósitrons (PET-CT), estão sendo exploradas para melhorar a detecção precoce e a avaliação da extensão da doença. 

Além disso, testes de urina que procuram marcadores genéticos específicos também estão em desenvolvimento, tornando o diagnóstico mais preciso e menos invasivo.

Curiosidade: é possível que alguns testes venham a usar o odor da urina para identificar o câncer em seus estágios iniciais, já que cachorros podem ter essa habilidade em seu olfato.

Causas


O câncer acontece quando as células (nesse caso, as células da bexiga) se multiplicam de forma descontrolada. As causas exatas do câncer de bexiga não são completamente compreendidas. Apesar de existirem fatores de risco conhecidos, em alguns casos essas mutações nas células ocorrem sem uma explicação.

Quem tem mais risco de desenvolver o câncer de bexiga?

Os maiores fatores de risco para desenvolver o câncer de bexiga são:

  • Tabagismo: Fumar é um dos principais fatores de risco para o câncer de bexiga. Ele está associado a 70% dos casos de câncer nessa região. Os produtos químicos no tabaco podem entrar na urina e danificar as células da bexiga.
  • Exposição a produtos químicos: A exposição ocupacional a produtos químicos como arsênio, tinturas, corantes e produtos químicos utilizados na fabricação de borracha, plástico e couro também está associada ao aumento do risco.
  • Histórico familiar: Ter parentes de primeiro grau com câncer de bexiga pode aumentar o risco.
  • Histórico de esquistossomose, uma doença provocada por um parasita, também conhecida como Barriga d’água;
  • Tratamento prévio com alguns medicamentos utilizados na quimioterapia;

Alguns grupos populacionais também tem um maior risco de desenvolver o câncer na bexiga. O grupo principal de risco são:

  • Pessoas designadas homens ao nascer;
  • Pessoas com 55 anos ou mais;
  • Indivíduos caucasianos (brancos).

Tratamentos


O primeiro passo para tratar o câncer acontece na própria cistoscopia e envolve a raspagem do tumor. Após  esse primeiro momento, as células e outros exames complementares serão avaliados e já com o diagnóstico, o médico responsável pelo caso vai avaliar o estágio da doença e outros fatores individuais para determinar o melhor tratamento. 

Por isso, vamos dividir por estágios as formas de cura existentes. Os principais tipos de tratamento incluem:

Para os estágios 0/A ou 1 (para câncer não invasivo ou superficial)

A remoção do tumor através da cirurgia, conhecida como ressecção transuretral, é usada para cânceres superficiais. Essa cirurgia acontece através do canal urinário (uretra), sem envolver cortes no abdome.

Ela pode ser seguida pela terapia com medicações intravesicais, ou seja, introduzidas na bexiga, como a onco BCG, que levam o nosso próprio sistema imunológico a atacar o câncer.

Para os estágios 2 ou 3 (para câncer profundo)

  • Cirurgia: Nestes estágios, pode ser necessária uma cistectomia radical (remoção da bexiga). Nos casos em que existe a necessidade de remover a bexiga, são criadas outras formas de levar a urina para fora do corpo;
  • Radioterapia, Imunoterapia e quimioterapia: Esses tratamentos podem ser administrados antes ou depois da cirurgia para encolher o tumor ou destruir as células cancerosas restantes. 

Para o estágio 4 (para câncer profundo)

  • Cirurgia: Em casos avançados, uma cistectomia radical (remoção completa da bexiga) pode ser realizada, mas não com intuito curativo, e sim para controle de sintomas locais.
  • Podem ser realizadas cirurgias para remover nódulos ao redor da área afetada;
  • Quimioterapia, Radioterapia e imunoterapia: Esses tratamentos são usados para controlar a disseminação do câncer e melhorar a qualidade de vida.

E quando existem metástases?

Metástases são focos da disseminação do câncer para outras regiões do corpo. Por isso, o foco de tratamento muda para além da região da bexiga. Nesses casos, a quimioterapia, com medicamentos que afetam o corpo inteiro, é utilizada como forma principal de cura.

Existe cura para câncer na bexiga? Quais são as taxas de sobrevivência?

A porcentagem de cura do câncer de bexiga depende do estágio em que a doença é diagnosticada e das opções de tratamento disponíveis. Cânceres superficiais têm uma taxa de cura muito alta, enquanto estágios mais avançados podem ser mais desafiadores de tratar.  A detecção precoce é fundamental para aumentar as chances de cura. As taxas de sobrevivência  para o câncer de bexiga variam de acordo com o estágio no momento do diagnóstico. 

O câncer de bexiga se espalha rapidamente?

O câncer de bexiga geralmente se desenvolve lentamente, mas pode se espalhar para órgãos vizinhos e distantes à medida que avança. Segundo artigo científico que estuda as estatísticas desse tipo de câncer, apenas 4% dos casos de câncer na bexiga se espalham para outras regiões do corpo. A detecção precoce e o tratamento adequado podem ajudar a prevenir a disseminação rápida da doença.

balão ou bexiga

Prevenção


A prevenção do câncer de bexiga envolve a redução dos fatores de risco conhecidos e a adoção de um estilo de vida saudável. Como já vimos, as chances aumentam muito em pessoas que são fumantes. Por isso, o primeiro passo é reduzir ou parar completamente com esse hábito.

Além disso, existem outros detalhes para os quais precisamos ter um pouco mais de atenção.

  • Proteger-se de produtos químicos: Se você trabalha com produtos químicos, siga todas as medidas de segurança recomendadas para minimizar a exposição.
  • Beber água: Manter-se bem hidratado pode diluir substâncias químicas na urina que podem contribuir para o câncer de bexiga.

Por que precisamos ficar atentos?


Incidência de câncer de bexiga no Brasil:

A incidência de câncer de bexiga no Brasil é significativa, com milhares de casos diagnosticados anualmente. Isso destaca a importância da conscientização, do diagnóstico precoce e da prevenção da doença no país.

As chances de cura e de uma vida longa e saudável aumentam muito quando o câncer é descoberto nos seus estágios iniciais. Apesar de não ser um dos cânceres mais comentados, é comum, com 10 mil novos casos ao ano no Brasil. Então, ao notar sintomas característicos, não deixe de procura o médico.

Câncer de bexiga em homens negros e em mulheres…

Como mencionado anteriormente, o câncer de bexiga é mais comum em homens do que em mulheres e existem menos casos entre homens negros. Porém, segundo estudos de caso realizados em 2022 nos EUA, mostrou que a mortalidade do câncer de bexiga é maior nos casos que afetam homens negros. Portanto, é imprescindível estar atento, independente do sexo ou raça.


Em resumo, o câncer de bexiga é uma doença séria que merece mais atenção. A conscientização sobre os sintomas, fatores de risco, métodos de prevenção e avanços no diagnóstico e tratamento é essencial para melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas e reduzir as taxas de mortalidade associadas a essa condição. Portanto, é fundamental que todos estejamos informados e engajados na luta contra o câncer de bexiga.

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