Compulsão sexual: o que é e como tratar

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BLOG OMENS / Sexualidade
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Escrito por

Seth Zanette

Dr. João Arthur Brunhara Alves Barbosa
Revisado por

Dr. João Brunhara

CRMSP 161.642
Última atualização

28 de março 2024

O sexo e a sexualidade são parte inerente da vida de todas as pessoas. Ter desejos sexuais e gostar de fazer sexo é, portanto, completamente normal. Mas, se existe dificuldade em lidar com pensamentos e ações impulsivas com relação ao desejo sexual, então algo não está certo e a ajuda necessária para tratar o problema. Hoje, vamos falar um pouco sobre compulsão sexual e como é possível tratá-la com a ajuda de especialistas no assunto.

O que é compulsão sexual?


O transtorno da compulsão sexual, satiríase (compulsão sexual masculina), ninfomania (compulsão sexual feminina) ou transtorno hipersexual é uma condição caracterizada pela falta de controle dos impulsos e desejos sexuais. Com isso, todos os âmbitos da vida de quem sofre com o transtorno é afetada negativamente. 

A compulsão sexual dura por períodos longos de tempo (mais que 6 meses) e quem sofre com ela não consegue controlar as próprias fantasias sexuais, nem o impulso de engajar em atos sexuais. Ou seja, mesmo que a prática do ato sexual em si o coloque em risco, o esforço para não fazê-lo causa sofrimento ou não consegue ser levado a diante.

O que caracteriza uma compulsão sexual?


Para quem sofre da compulsão sexual pode ser difícil associar o próprio comportamento com algo a ser diagnosticado e tratado. É então essencial saber o que caracteriza ou não uma compulsão e o que é um comportamento sexual comum. 

Dentre as principais características do transtorno da compulsão sexual estão:

  • fantasias e desejos sexuais que acontecem como forma de fuga de alguma situação, sentimento ou pensamento ruim;
  • fantasias e desejos sexuais intensos, repetitivos e que consomem um tempo excessivo da vida diária;
  • aderir a práticas sexuais repetidamente, mesmo que a prática represente perigo para a saúde física e emocional própria ou de outras pessoas;
  • tentativas frustradas e dolorosas de restringir os próprios pensamentos e desejos sexuais repetidamente;
  • mentir para acobertar atos sexuais compulsivos;
  • sofrer ou se envergonhar após algum ato sexual compulsivo.

Desvendando a hipersexualidade [Omenscast #54]

No nosso 54º episódio do Omenscast, o médico e urologista João Brunhara vai abordar o mundo complexo da hipersexualidade, explorando seus sintomas, impactos e abordagens terapêuticas. A transcrição do áudio você poderá encontrar aqui.

A compulsão sexual pode se manifestar de outras formas?

A compulsão sexual pode sim se manifestar através de outros tipos de vícios sexuais. Isso inclui:

  • vício em pornografia;
  • vício em masturbação;
  • compulsão em cybersexo ou sexting;
  • e outras formas de atos sexuais compulsivos.

O que deve soar o alerta de que algo não vai bem no próprio comportamento sexual são a intensidade e a frequência. A masturbação, o consumo de conteúdo adulto e outras práticas sexuais são comuns, quando elas não causam sofrimento ou não interferem na vida diária. Se existe o sentimento de culpa, de vergonha ou mesmo de falta de controle sobre os impulsos sexuais e na frequência com que ocorrem, o ideal é procurar a ajuda de um especialista em compulsão sexual.

O que pode causar compulsão sexual?


A compulsão sexual pode ter muitas causas. No geral, os pesquisadores ainda não entraram em um consenso sobre o que desperta esse tipo de transtorno, mas algumas hipóteses levam em consideração:

  • Desequilíbrio de alguns componentes químicos cerebrais (como comprovado em estudos): a dopamina, por exemplo;
  • Condições de saúde que afetam o funcionamento do cérebro;
  • Abuso de substâncias como álcool, anfetamina e cocaína;
  • Experiências na infância envolvendo familiares próximos.

É possível prevenir essa condição?

Nem sempre. Quando a compulsão sexual é causada por algum desequilíbrio químico dos componentes do cérebro, por exemplo, pode ser difícil evitar a situação. De forma geral, para evitar se tornar vítima de uma compulsão, o ideal é cuidar de perto da saúde física e, principalmente, da saúde mental. Principalmente se já existem outras condições psicológicas pré-existentes, como depressão, ansiedade ou mesmo se já existe histórico com outras compulsões, como alcoolismo ou vício em drogas.

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Como tratar uma compulsão sexual?


Se você identificou alguns dos sintomas de compulsão sexual, é imprescindível que procure a ajuda necessária para tratar essa condição. E sim, existem diversas formas de cuidar da sua saúde física e mental para saber lidar com os desejos e impulsos sexuais. As principais formas de tratamento da satiríase ou ninfomania são:

As diversas formas de terapia

Desde terapia cognitivo-comportamental (TCC) até a terapia em casal, procurar a ajuda psicológica que se necessita é o primeiro passo para tratar a compulsão sexual. Apesar do trauma psicológico nem sempre estar ligado aos casos de compulsão sexual, muitas vezes essa condição pode afetar de forma negativa não só a vida pessoal, mas toda a esfera social da pessoa. Por isso, ter respaldo psicológico pode ajudar a alcançar a cura de quem sofre com esse transtorno.

Medicamentos

É possível utilizar medicamentos para tratar condições psicológicas que levam a compulsão a acontecer. Apesar disso, não existem remédios que tratam diretamente o transtorno da compulsão sexual. Apenas condições associadas ao vício, como depressão, ansiedade, etc.

O diagnóstico do transtorno de compulsão sexual


O diagnóstico desse tipo de compulsão pode levar algum tempo para ser feito. 

O profissional correto para obter ajuda e um diagnóstico concreto, com tratamentos comprovados, é o psicólogo e psiquiatra.

Nas diversas sessões que serão realizadas, são feitas perguntas sobre sua vida pessoal, vida sexual, fantasias sexuais e etc. É preciso estar aberto a responder essas perguntas de forma sincera e honesta. Do contrário, não é possível fazer um diagnóstico da condição. É aí que reside a dificuldade de muitas pessoas que sofrem com a compulsão sexual, já que muitas vezes as experiências sexuais estão associadas a culpa e vergonha.

Quais os riscos de não procurar ajuda?

São muitos os riscos de conviver com uma compulsão sexual. Não só para a saúde mental, mas também para a saúde física. Isso por que quem tem esse tipo de transtorno engaja em atos sexuais que muitas vezes representam risco para si mesmos e para outros. Existe uma grande chance de desenvolver infecções como HIV, hepatite B entre outras. Além disso, os riscos de gravidez e de outras condições de saúde ligadas a uma vida sexual sem a devida cautela e proteção são grandes.

Existe também um grande impacto negativo na rotina de quem sofre com a compulsão. Alguns possíveis resultados podem ser a perda de empregos ou de promoções no trabalho e gastos desnecessários de dinheiro com produtos sexuais. 

No âmbito emocional, que sofre com o transtorno pode desenvolver depressão, ansiedade e pode não conseguir manter relações estáveis e saudáveis com outras pessoas. Além de viver com a culpa e vergonha de não conseguir controlar os próprios impulsos sexuais.

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Conclusão


Nem sempre quem sofre com o transtorno sabe que o que existe ali é uma condição que precisa ser tratada. Muitas vezes, quem nota que algo não está certo são pessoas de fora, parceiros ou parceiras de quem sofre da compulsão sexual. Então, como buscar a ajuda necessária para alguém com compulsão sexual?

Como ajudar alguém com compulsão sexual?

Antes de mais nada, ter uma conversa aberta sobre os hábitos sexuais do seu parceiro/a pode ser  um bom começo. A partir daí, sugerir a terapia de casal ou mesmo indicar um tratamento ou ajuda pode ser mais fácil. 

É possível também repassar informações a respeito da compulsão sexual, como este conteúdo, para quem você acha que precisa de ajuda.  

Apesar de existirem diversos filmes e outras mídias de entretenimento sobre compulsão sexual, muitos deles não tratam adequadamente o sofrimento que quem é afetado pela condição passa. Por isso, pode não ser recomendado utilizar esse tipo de conteúdo para conversar e explicar sobre o assunto com alguém afetado por ele. O ideal é utilizar portais que tratam da saúde e sexualidade com eficiência e responsabilidade. 

E mais do que isso, o importante é agir antes que a vida diária de quem é afetado pela satiríase ou ninfomania seja irremediavelmente danificada.


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6 comentário(s) sobre “Compulsão sexual: o que é e como tratar

  1. helena says:

    idoso 64 anos faz sexo 3 vezes por dia , sem precisar tomar Viagra e pratica a masturbação, na ultima vez a ereção durou bastante tempo e causou muitas dores é compulsão sexual, ( pergunta)

  2. Durval Júnior says:

    Muito boa a explicação.
    Em caso de medicação: O Cloridrato de Paroxetina é indicado para tal fim?

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